sábado, 10 de março de 2012

Dilma entre a cruz e a caldeirinha

Luis Nassif, CartaCapital
“Para entender os próximos passos da política econômica.
Em uma mudança cambial, entre todas as frentes de desgaste duas das piores são a volta ainda que temporária da inflação e as agitações no mercado financeiro e na chamada velha mídia. Será um tiroteio para ninguém botar defeito.
A parte boa da história é que, com condução bem feita, essa turbulência pode ser breve.
Por outro lado, sem mexer no câmbio não haverá como recuperar o fôlego da economia, além de aprofundar o ritmo de desindustrialização. A liquidez internacional e a desaceleração do crescimento da China impõem uma nova urgência ao tema já que fragiliza dia a dia as contas externas brasileiras.
É devido a esse cipoal de desdobramentos que mudanças cambiais só acontecem em ambiente de crise.
Na verdade, o grande erro do governo Lula foi ter desperdiçado o “presente” que recebeu em 2003, o bônus de um câmbio desvalorizado sem o ônus do desgaste político – já que a desvalorização ocorreu no último ano do governo FHC.
O enfrentamento do problema exige, primeiro, medidas de cunho técnico, que sejam eficientes para dar competitividade ao real e, ao mesmo tempo, consistentes para trazer rapidamente a inflação de volta à normalidade.
Fazenda e BC têm todas as ferramentas necessárias para proceder à desvalorização competitiva do real.”
Artigo Completo, ::Aqui::

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