Luis Nassif, CartaCapital
“Para entender os próximos passos da
política econômica.
Em uma mudança cambial, entre todas as
frentes de desgaste duas das piores são a volta ainda que temporária da
inflação e as agitações no mercado financeiro e na chamada velha mídia. Será um
tiroteio para ninguém botar defeito.
A parte boa da história é que, com condução
bem feita, essa turbulência pode ser breve.
Por outro lado, sem mexer no câmbio não
haverá como recuperar o fôlego da economia, além de aprofundar o ritmo de
desindustrialização. A liquidez internacional e a desaceleração do crescimento
da China impõem uma nova urgência ao tema já que fragiliza dia a dia as contas
externas brasileiras.
É devido a esse cipoal de desdobramentos
que mudanças cambiais só acontecem em ambiente de crise.
Na verdade, o grande erro do governo Lula
foi ter desperdiçado o “presente” que recebeu em 2003, o bônus de um câmbio
desvalorizado sem o ônus do desgaste político – já que a desvalorização ocorreu
no último ano do governo FHC.
O enfrentamento do
problema exige, primeiro, medidas de cunho técnico, que sejam eficientes para
dar competitividade ao real e, ao mesmo tempo, consistentes para trazer
rapidamente a inflação de volta à normalidade.
Fazenda e BC têm todas as ferramentas necessárias
para proceder à desvalorização competitiva do real.”
Artigo Completo, ::Aqui::
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