Em
seus diálogos privados, Gilberto Kassab informa que, se for eleito
para a prefeitura de São Paulo, o tucano José Serra vai romper com o
PSDB e abandonar os quadros da legenda.
Na
versão difundida por Kassab nos subterrâneos, Serra pretende articular
a formação de um novo partido. A base dessa legenda seria o PSD. Ao
partido presidido por Kassab seriam incorporadas outras agremiações.
Nesses
diálogos travados a portas fechadas, Kassab repete algo que disse sob
holofotes. Segundo ele, Serra não cogita disputar a Presidência da
República em 2014. Planeja dedicar-se à prefeitura.
oOo
Em
conversa com o blog, um dos ouvidos que escutaram Kassab juntou as
duas pontas da argumentação e concluiu: não faz nexo. Indaga-se: por
que Serra iria à nova legenda se não pretendesse ressuscitar o projeto
presidencial que o PSDB lhe sonega?
A
interlocutores petistas, Kassab adiciona outro dado. Afirma que, em
São Paulo, sua aliança é com Serra, não com o PSDB. Diz não ter
compromisso, por exemplo, com a reeleição do governador tucano Geraldo
Alckmin.
Reitera que, no plano
federal, nada muda. O seu PSD continuará atuando no Congresso como
força auxiliar do governo Dilma Rousseff. Lamenta que tenha desandado a
negociação que o levaria a apoiar Fernando Haddad na capital paulista.
Kassab
atribui ao próprio PT o malogro da articulação. Recorda que, antes do
Carnaval, aconselhara ao petismo que apressasse o fechamento do acordo.
Rememora detalhes das conversas que manteve com Lula e Dilma Rousseff.
Dissera
a ambos que, se Serra entrasse no jogo, não teria como se esquivar de
apoiá-lo. Achava que, selado o acordo do PSD com o PT em torno da
candidatura de Haddad, o amigo tucano não seria candidato hoje. A
demora do petismo, diz ele, trouxe Serra à disputa.
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