O ex-presidente Lula afirmou a
interlocutores que eles estão enganados se pensam que a campanha de José
Serra (PSDB) à Prefeitura de São Paulo será um "passeio".
Lula ironizou a "empolgação" do PSDB com um candidato escolhido na prévia da sigla com "só" 52% dos votos.
Em conversas reservadas, Lula
diz que Serra, apesar de líder das sondagens, tem imagem desgastada e
alta rejeição. Para ele, a disputa deste ano privilegia o "novo".
Sua avaliação não exclui
preocupação com a performance de Haddad. O PT desconhece o estilo e o
potencial de seu candidato. O baixo desempenho do petista nas pesquisas
também não ajuda a atrair adesões de partidos para ampliar o tempo de
TV.
Esse é o caso do PSB. Ligada ao
PSDB em São Paulo e ao PT no plano federal, a legenda é cortejada pelos
dois lados, mas não quer correr o risco de se envolver prematuramente
numa campanha que pode não decolar.
No domingo, Lula se reuniu com o
presidente do PSB, o governador Eduardo Campos, e ouviu dele dois
compromissos: não vai aderir à chapa do tucano e voltará a conversar
sobre uma possível dobradinha a partir de maio.
Lula, em fase final de um tratamento contra um câncer na laringe, está retomando aos poucos as costuras eleitorais pró-Haddad.
Mas só entrará para valer na campanha após os 20 dias de férias programados para abril, quando pretende descansar em uma praia.
Ele tem dito acreditar em um
segundo turno entre Serra e Haddad. Nesse caso, Lula ambiciona o apoio
ao petista de Gabriel Chalita (PMDB).
Em diálogos com o partido, Lula
diz que, se bem explorado, o abandono da prefeitura em 2006 fará com que
Serra perca tempo para convencer o eleitor de sua disposição de cumprir
o mandato.
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