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Uma CPI para Cachoeira
Deputado coleta assinaturas com a finalidade de investigar as relações do bicheiro com parlamentares
O deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) deu início à coleta de assinaturas para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara, com a finalidade de investigar a relação do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com parlamentares. No requerimento com pedido de instalação do colegiado, Protógenes cita matéria, publicada pelo Correio na quarta-feira, que revela que o bicheiro é tido como um “arquivo vivo” pelo juiz Paulo Augusto Moreira Lima, da 11ª Vara Federal de Goiânia. O magistrado foi responsável pela decisão que culminou na Operação Monte Carlo, realizada pela Polícia Federal na semana passada. Na ocasião, foram presas 35 pessoas, incluído Cachoeira.
“O episódio envolvendo o contraventor Carlinhos Cachoeira levantou a suspeita de financiamento criminoso a políticos da Câmara, do Senado, e a integrantes da Justiça”, disse o parlamentar. Além de comandar um esquema de jogo de azar, Cachoeira, segundo as investigações, também realizaria práticas de espionagens tendo como alvo alguns políticos. Entre as medidas tomadas pelo bicheiro, estaria a interceptação de e-mails. “Queremos esclarecer dentro do parlamento brasileiro que estrutura política é essa sustentada pelo Carlinhos Cachoeira”, ressaltou Protógenes.
Até o fim da tarde de ontem, 136 deputados assinaram o pedido para instalação da CPI. Para que a Comissão seja criada, é necessário o apoio de 171 parlamentares. Caso a comissão seja formada, contará com 25 integrantes, que terão 180 dias para concluir as investigações.
Tráfico de influência
Na lista dos deputados que assinaram o documento, existem nomes da base aliada do governo e da própria oposição, como Pauderney Avelino (DEM-AM). O amazonense faz parte do mesmo partido do senador Demóstenes Torres (GO) citado nas escutas telefônicas realizadas com autorização da Justiça pela Polícia Federal.
De acordo com o inquérito da PF, Demóstenes realizou pelo menos 298 ligações para o bicheiro. Em discurso realizado na tarde dessa terça-feira, o senador admitiu ter amizade com Cachoeira, mas negou que tenha participado de qualquer esquema irregular e pediu investigações das denúncias.
Outro integrante da oposição que assinou o documento foi o vice-líder do PPS na Câmara, Arnaldo Jardim (SP). “Acho que tem fatos relevantes que devem ser apurados como a questão de suposto tráfico de influência”, ressaltou.
Uma CPI para Cachoeira
Deputado coleta assinaturas com a finalidade de investigar as relações do bicheiro com parlamentares
» Erich Decat
Protógenes conseguiu 136 assinaturas até agora para a criação da CPI |
O deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) deu início à coleta de assinaturas para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara, com a finalidade de investigar a relação do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com parlamentares. No requerimento com pedido de instalação do colegiado, Protógenes cita matéria, publicada pelo Correio na quarta-feira, que revela que o bicheiro é tido como um “arquivo vivo” pelo juiz Paulo Augusto Moreira Lima, da 11ª Vara Federal de Goiânia. O magistrado foi responsável pela decisão que culminou na Operação Monte Carlo, realizada pela Polícia Federal na semana passada. Na ocasião, foram presas 35 pessoas, incluído Cachoeira.
“O episódio envolvendo o contraventor Carlinhos Cachoeira levantou a suspeita de financiamento criminoso a políticos da Câmara, do Senado, e a integrantes da Justiça”, disse o parlamentar. Além de comandar um esquema de jogo de azar, Cachoeira, segundo as investigações, também realizaria práticas de espionagens tendo como alvo alguns políticos. Entre as medidas tomadas pelo bicheiro, estaria a interceptação de e-mails. “Queremos esclarecer dentro do parlamento brasileiro que estrutura política é essa sustentada pelo Carlinhos Cachoeira”, ressaltou Protógenes.
Até o fim da tarde de ontem, 136 deputados assinaram o pedido para instalação da CPI. Para que a Comissão seja criada, é necessário o apoio de 171 parlamentares. Caso a comissão seja formada, contará com 25 integrantes, que terão 180 dias para concluir as investigações.
Tráfico de influência
Na lista dos deputados que assinaram o documento, existem nomes da base aliada do governo e da própria oposição, como Pauderney Avelino (DEM-AM). O amazonense faz parte do mesmo partido do senador Demóstenes Torres (GO) citado nas escutas telefônicas realizadas com autorização da Justiça pela Polícia Federal.
De acordo com o inquérito da PF, Demóstenes realizou pelo menos 298 ligações para o bicheiro. Em discurso realizado na tarde dessa terça-feira, o senador admitiu ter amizade com Cachoeira, mas negou que tenha participado de qualquer esquema irregular e pediu investigações das denúncias.
Outro integrante da oposição que assinou o documento foi o vice-líder do PPS na Câmara, Arnaldo Jardim (SP). “Acho que tem fatos relevantes que devem ser apurados como a questão de suposto tráfico de influência”, ressaltou.
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