Em
sua coluna na Folha desta semana, Aécio Neves voltou a revelar todo o
seu vazio político. Talvez isto ajude a explicar porque Serra – agora
“revitalizado”, segundo FHC – disse ontem que o seu sonho de ser
presidente está apenas “adormecido”. Diante das platitudes do senador
mineiro, o ex-governador paulista percebe que ainda tem chances da
bancar o seu nome no PSDB.
Aécio
Neves é “óbvio” demais! No artigo, ele critica o governo por ter maioria
no parlamento. “A presidenta Dilma encena um monólogo a dois no qual
uma das partes – o governo – fala e determina, e a outra – o Congresso –
cala e obedece”, ataca o ex-governador de Minas Gerais. A sua revolta é
contra o recente corte no Orçamento da União das emendas parlamentares.
Autoritarismo do executivo? Aonde?
Para
o inepto e apagado senador, esta medida seria mais uma “demonstração do
autoritarismo do Executivo sobre o Legislativo... Blindada pela muralha
das alianças de conveniência, o governo ignora o Congresso como
instituição e apequena a relação entre os Poderes. Sou um dos que se
perguntam até quando os próprios aliados resistirão em silêncio ao
desrespeito continuado”.
Para
quem conhece como funciona o rolo compressor na Assembléia Legislativa
de Minas Gerais e qual a política “amplíssima” de alianças do
ex-governador, o artigo é risível. É de um cinismo descomunal. Aécio
Neves sempre “apequenou” o poder legislativo local, traficou com os
partidos e cooptou a mídia mineira – já a sua irmã manda demitir e
censurar os jornalistas mais críticos.
Sem propostas e sem rumo
Além
de conservador e provinciano, Aécio Neves é autoritário e truculento –
que o digam os professores mineiros. A encarniçada disputa no interior
do PSDB, entre o “revitalizado” Serra e o “óbvio” senador mineiro,
revela bem o vazio da direita nativa. Sem propostas e sem rumo, o seu
discurso é cansativamente “monótono” – conforme indica o título do
artigo de Aécio Neves.
No Blog do Miro
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