País lidera inclusão de mulheres no trabalho
Participação da mão de obra feminina no mercado cresce 22% em 30 anos, ante 16% da América Latina e 2% do mundo
O
Brasil foi o país da América Latina que mais incluiu mulheres no
mercado de trabalho nos últimos 30 anos. Os dados fazem parte do
relatório Igualdade de Gênero e Desenvolvimento, que será apresentado
hoje pelo Banco Mundial na Câmara dos Deputados, em homenagem ao Dia da
Mulher. Pelo documento, a inserção feminina entre a mão de obra
empregada deu um salto de 22% ante os 16 das nações vizinhas. No mundo, a
média foi de apenas 2%.
Segundo Roberto Piscitelli, professor de Economia da Universidade de Brasília (UnB), a inclusão das mulheres é reflexo do crescimento pelo qual o Brasil passou nos últimos anos, com melhor distribuição de renda, ao mesmo tempo que houve desaceleração da atividade nos países europeus — muitos, inclusive, estão em recessão. “O crescimento econômico criou oportunidades. Hoje, o quadro que se vê, para alguns economistas, é de pleno emprego. As mulheres não só têm ocupado seu espaço, como começam a ser requisitadas para uma variedade maior de ocupações, com salários em alta”, disse.
Ele ressaltou, porém, que, apesar das melhorias, é preciso acelerar a redução das diferenças salariais entre homens e mulheres. Dados do Departamento Intersindical de Estudos Sócioeconômicos (Dieese) revelam quem 33% dos homens empregados ganham até um salário mínimo. Entre as mulheres, o índice é de 48,7%. No geral, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), elas ganham, na média, 72% do que recebem a mão de obra masculina. “Ainda há muitas mulheres atuando na informalidade, boa parte delas como domésticas. Precisamos corrigir isso rapidamente”, afirmou.
De qualquer forma, destacou Piscitelli, é preciso comemorar o resultado apresentado pela América Latina, que ampliou a força de trabalho feminina acima da média mundial. “Esse avanço acaba por gerar mudanças culturais, como assegurar maior participação delas na política. Vemos, na América Latina, ascensão de mulheres à Presidência da República: Brasil, Argentina, México. É um bom sinal”, assinalou.
Participação da mão de obra feminina no mercado cresce 22% em 30 anos, ante 16% da América Latina e 2% do mundo
» JULIANA BRAGA
Trabalhadoras galgam postos melhores nas empresas, mas salário ainda representa 72% do pago a homens |
Segundo Roberto Piscitelli, professor de Economia da Universidade de Brasília (UnB), a inclusão das mulheres é reflexo do crescimento pelo qual o Brasil passou nos últimos anos, com melhor distribuição de renda, ao mesmo tempo que houve desaceleração da atividade nos países europeus — muitos, inclusive, estão em recessão. “O crescimento econômico criou oportunidades. Hoje, o quadro que se vê, para alguns economistas, é de pleno emprego. As mulheres não só têm ocupado seu espaço, como começam a ser requisitadas para uma variedade maior de ocupações, com salários em alta”, disse.
Ele ressaltou, porém, que, apesar das melhorias, é preciso acelerar a redução das diferenças salariais entre homens e mulheres. Dados do Departamento Intersindical de Estudos Sócioeconômicos (Dieese) revelam quem 33% dos homens empregados ganham até um salário mínimo. Entre as mulheres, o índice é de 48,7%. No geral, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), elas ganham, na média, 72% do que recebem a mão de obra masculina. “Ainda há muitas mulheres atuando na informalidade, boa parte delas como domésticas. Precisamos corrigir isso rapidamente”, afirmou.
De qualquer forma, destacou Piscitelli, é preciso comemorar o resultado apresentado pela América Latina, que ampliou a força de trabalho feminina acima da média mundial. “Esse avanço acaba por gerar mudanças culturais, como assegurar maior participação delas na política. Vemos, na América Latina, ascensão de mulheres à Presidência da República: Brasil, Argentina, México. É um bom sinal”, assinalou.
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