Até que enfim a frente que se diz de combate à corrupção resolve agir. Menos mal.
Representantes da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção vão se
reunir na terça-feira (27), às 15 horas, com o procurador-geral da
República, Roberto Gurgel, para pedir urgência nas investigações
envolvendo o empresário do jogo Carlinhos Cachoeira e vários políticos,
dentre eles Demóstenes Torres. Os parlamentares querem saber do
procurador os motivos da lentidão do processo que, desde 2009, está na
Procuradoria-Geral da República.
“Não dá para justificar essa lentidão. Não está legal isso. O processo
está na procuradoria desde setembro de 2009. Queremos saber o porquê da
demora na apuração do caso”, disse o líder do PSOL, deputado Chico
Alencar (RJ). “É de se estranhar essa lentidão para a abertura de
inquérito. De nossa parte, trata-se de zelo pela ética na política e de
defesa do próprio Congresso Nacional”, acrescentou.
O PSOL já protocolou na Mesa da Câmara pedido para que a Corregedoria da
Casa investigue as relações de parlamentares com o bicheiro Carlinos
Cachoeira. No Senado, o partido protocolou representação contra o
senador Demóstenes Torres (DEM-GO) que, conforme denúncias da imprensa,
recebeu presentes de casamento de Cachoeira.
Também esta semana, o deputado Protógenes (PCdoB-SP) conseguiu 181
assinaturas de deputados em um requerimento para criar uma Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) com a finalidade de investigar, em 180
dias, as práticas criminosas desvendadas pela Operação Monte Carlo da
Polícia Federal. De acordo com a justificativa do requerimento da CPI, a
Polícia Federal efetuou a prisão, em Goiás, de uma organização
criminosa que operava com a contravenção do jogo do bicho, de
caça-níqueis, corrupção em larga escala de autoridades civis, policiais e
políticos.
De acordo com Chico Alencar, vão participar da conversa com o procurador
os deputados Francisco Praciano (PT-AM), coordenador da Frente
Parlamentar de Combate à Corrupção, Protógenes, Paulo Rubem Santiago
(PDT-PE), Chico Alencar e os senadores Pedro Taques (PDT-AM) e Randolfe
Rodrigues (PSOL-AP).
Da redação do Terrornews, com informações da Agência Brasil.
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