Amigo navegante engenheiro (leia o tempo – PHA) pergunta:
Ansioso blogueiro, você viu esta matéria da Folha (*) de hoje?
Congressista recebeu telefone antigrampo de empresário do jogo
16/03/2012
Investigação relata que Carlinhos Cachoeira deu aparelhos a Demóstenes Torres e a auxiliar direto de Agnelo Queiroz
Advogado de senador afirma não ter havido ilegalidade, e auxiliar de governador do DF nega ter recebido celular
FERNANDO MELLO
LEANDRO COLON
DE BRASÍLIA
Relatório do Ministério Público Federal aponta que o grupo comandado pelo empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso no mês passado, entregou telefones antigrampos para políticos.
Entre eles, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), que admitiu à Folha ter recebido o aparelho, e Cláudio Monteiro, chefe de gabinete do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), que nega.
O objetivo, diz o Ministério Público, seria dificultar eventuais investigações.
A informação faz parte da Operação Monte Carlo, deflagrada no mês passado, que levou 31 pessoas à prisão por acusação de exploração de máquinas de caça-níquel.
Segundo o advogado de Demóstenes, Antonio Carlos de Almeida Castro, o senador recebeu o rádio de Cachoeira, que havia retornado de uma viagem aos Estados Unidos. Kakay afirma que Cachoeira pediu que Demóstenes usasse esse aparelho para conversar com ele, o que ocorreu durante oito meses. “Não há nenhuma ilegalidade”, diz o advogado.
GRAMPO
A Procuradoria afirma que os telefones eram distribuídos a “membros do grupo criminoso” com base em conversa captada entre Cachoeira e Idalberto Matias, o Dadá, ex-agente da Aeronáutica.
Cachoeira e Dadá falam sobre aparelhos que seriam distribuídos por Cláudio Abreu, diretor da Delta Construção e apontado como sócio oculto de Cachoeira, de acordo com a investigação.
Em entrevista à Folha, Monteiro disse que recebeu Abreu e Dadá em seu gabinete, mas para tratar dos contratos da Delta com o governo do Distrito Federal, no setor de limpeza urbana.
Segundo Monteiro, a Delta queria melhorias nas vias de acesso ao lixão utilizado pela empresa.
O chefe de gabinete negou ter ganhado o celular. “Eu tenho condições, fornecidas pelo Estado, eu não preciso que ninguém me dê celular. Acho que é ilógico.”
Monteiro afirmou ainda que Dadá se apresentou como presidente de uma associação de varredores da Delta, dizendo que gostaria de um terreno para montar uma sede da associação.
O chefe de gabinete também disse que não conhece Cachoeira pessoalmente.
O relatório da Procuradoria diz que a Polícia Federal conseguiu grampear alguns dos telefones distribuídos, que eram habilitados nos Estados Unidos.
Anteontem, a Polícia Federal indiciou 82 pessoas por envolvimento na quadrilha supostamente comandada por Cachoeira.
As acusações incluem corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e evasão de divisas.
Diz o amigo engenheiro: Tem algumas coisas
muito interessantes nas entrelinhas que podem revelar uma articulação
para detonar a Satiagraha e o Dr. Paulo Lacerda.
1) Se o Senador Demóstenes Torres tinha um celular “anti-grampo” do
Carlinhos Cachoeira, como foi possível grampeá-lo falando com o Gilmar
Dantas (**) ?
2)O tal “Dada”, ex-oficial da Aeronáutica, Idalberto Matias, que
também agora aparece na quadrilha do Cachoeira, foi peça chave na
invencionice contra a ABIN para dizer que a ABIN trabalhou na Satiagraha
etc.
O Dadá era do Sistema Brasileiro de Inteligência, da Aeronáutica, e,
embora possa ter trabalhado numa articulação para detonar a Satiagraha e
o Paulo Lacerda, não deve ter feito nada de relevante na Satiagraha.
Cada vez mais fica evidente que houve uma articulação para livrar o Daniel Dantas.
E os personagens – no Cachoeira e na desqualificação da Satiagraha
parecem ser – por coincidência, não é isso, amigo navegante ? – os
mesmos.
Como diz você, ansioso blogueiro, viva o Brasil !
Mas, o Brasil mudou, como sabe o Daniel Dantas – que essa semana tomou uma surra de bom tamanho: “Klouri e PHA derrotam Dantas na Justiça e Juíza Ana Lúcia Vieira do Carmo dá uma aula”.Em tempo: ao ler a impecável decisão que absolveu o ansioso blogueiro, o amigo navegante perceberá que a Juíza Vieira do Carmo se diverte com as múltiplicas qualificações do banqueiro apanhado – ver o vídeo no jornal nacional – no ato de subornar um agente federal: ele se diz engenheiro, mas também é empresário, depois banqueiro, sem ter um banco. O Cerra também é assim: engenheiro, economista … e Chevrista.
Em tempo2: o lider do PT na Câmara, Jilmar Tatto, que prefere ver o diabo a assinar a CPI da Privataria, assinou a CPI do Cachoeira. Não precisa explicar muito, não é, amigo navegante ? O PT tem contas a ajustar com o Cachoeira e seus interlocutores.
Paulo Henrique Amorim
Do Blog CONVERSA AFIADA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário