'Vou cumprir os 4 anos, é mais do que promessa', diz Serra
Tucano, que deixou a prefeitura em 2006, afirma que o 'sonho' de disputar a Presidência está 'adormecido'
Pré-candidato do PSDB na cidade de São Paulo fala que está 'no auge da energia' e que 2018 'está muito longe' DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO
Em sua primeira entrevista como pré-candidato a prefeito de São Paulo pelo PSDB, o ex-governador José Serra disse que o "sonho" de disputar novamente a Presidência está "adormecido, pelo menos até 2016".
Ele afirmou ainda que, se eleito, cumprirá os quatro anos de mandato no comando da cidade de São Paulo.
Prestes a completar 70 anos no próximo dia 19, Serra afirmou que tem "muito tempo pela frente". "Estou no auge da minha energia."
Ele, no entanto, evitou falar sobre 2018, quando poderia pensar novamente na disputa nacional, aos 76 anos. "A gente vive o hoje", disse.
Serra foi eleito prefeito em 2004, dois anos depois de perder a corrida presidencial para o ex-presidente Lula.
Mesmo tendo assinado documento em que se comprometia a cumprir todo o mandato, o tucano saiu em 2006 para concorrer ao governo do Estado -e, assim, pavimentar o caminho para voltar a disputar a Presidência, em 2010. Ao deixar a prefeitura, Serra abriu espaço para seu vice, Gilberto Kassab (PSD).
Ontem, rechaçou abandonar o cargo novamente, se eleito. "Eu estou sendo candidato para governar até quando o mandato dura, que é 2016. Estou dizendo: vou cumprir os quatro anos. Isso é mais que uma promessa."
Desde que perdeu as eleições presidenciais de 2010 para Dilma Rousseff, o tucano vinha manifestando interesse em concorrer de novo em 2014, mas viu seu espaço diminuir no PSDB.
A decisão de entrar na disputa municipal aconteceu quando viu a aproximação de Kassab -seu afilhado político- com o candidato do PT e de Lula, o ex-ministro da Educação Fernando Haddad.
A entrada de Serra na disputa devolveu Kassab para a órbita da oposição. Sua movimentação inverteu o jogo, e levou o Palácio do Planalto a trabalhar para evitar o isolamento de Haddad.
O tucano, que anteontem definiu a atual eleição como "uma disputa entre duas visões de Brasil", negou que se trate de um terceiro turno da disputa presidencial.
"Não é em torno dessa questão que vai se decidir a eleição. Mas, se os concorrentes levantarem implicações mais amplas, estou pronto a responder", disse.
O tucano afirmou estar convicto da vitória, apesar de saber que será uma eleição difícil. Também criticou a imprensa, em tom de brincadeira. Disse que diminuiu a leitura de notícias para manter-se bem humorado.
A entrevista foi no diretório estadual do PSDB. O espaço estava decorado com o material da campanha de 2010. Ao fundo, havia um banner "Serra presidente".
Pré-candidato do PSDB na cidade de São Paulo fala que está 'no auge da energia' e que 2018 'está muito longe' DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO
Em sua primeira entrevista como pré-candidato a prefeito de São Paulo pelo PSDB, o ex-governador José Serra disse que o "sonho" de disputar novamente a Presidência está "adormecido, pelo menos até 2016".
Ele afirmou ainda que, se eleito, cumprirá os quatro anos de mandato no comando da cidade de São Paulo.
Prestes a completar 70 anos no próximo dia 19, Serra afirmou que tem "muito tempo pela frente". "Estou no auge da minha energia."
Ele, no entanto, evitou falar sobre 2018, quando poderia pensar novamente na disputa nacional, aos 76 anos. "A gente vive o hoje", disse.
Serra foi eleito prefeito em 2004, dois anos depois de perder a corrida presidencial para o ex-presidente Lula.
Mesmo tendo assinado documento em que se comprometia a cumprir todo o mandato, o tucano saiu em 2006 para concorrer ao governo do Estado -e, assim, pavimentar o caminho para voltar a disputar a Presidência, em 2010. Ao deixar a prefeitura, Serra abriu espaço para seu vice, Gilberto Kassab (PSD).
Ontem, rechaçou abandonar o cargo novamente, se eleito. "Eu estou sendo candidato para governar até quando o mandato dura, que é 2016. Estou dizendo: vou cumprir os quatro anos. Isso é mais que uma promessa."
Desde que perdeu as eleições presidenciais de 2010 para Dilma Rousseff, o tucano vinha manifestando interesse em concorrer de novo em 2014, mas viu seu espaço diminuir no PSDB.
A decisão de entrar na disputa municipal aconteceu quando viu a aproximação de Kassab -seu afilhado político- com o candidato do PT e de Lula, o ex-ministro da Educação Fernando Haddad.
A entrada de Serra na disputa devolveu Kassab para a órbita da oposição. Sua movimentação inverteu o jogo, e levou o Palácio do Planalto a trabalhar para evitar o isolamento de Haddad.
O tucano, que anteontem definiu a atual eleição como "uma disputa entre duas visões de Brasil", negou que se trate de um terceiro turno da disputa presidencial.
"Não é em torno dessa questão que vai se decidir a eleição. Mas, se os concorrentes levantarem implicações mais amplas, estou pronto a responder", disse.
O tucano afirmou estar convicto da vitória, apesar de saber que será uma eleição difícil. Também criticou a imprensa, em tom de brincadeira. Disse que diminuiu a leitura de notícias para manter-se bem humorado.
A entrevista foi no diretório estadual do PSDB. O espaço estava decorado com o material da campanha de 2010. Ao fundo, havia um banner "Serra presidente".
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