O programa Fantástico da TV Globo (de 18/3/2012),
montou uma reportagem onde um repórter se passava por gestor de
compras do hospital de pediatria da Universidade Federal do Rio de
Janeiro (com autorização do hospital), e emitiu cartas-convite para
contratação de serviços a algumas empresas.
O repórter gravou reuniões com representantes das empresas onde eles combinam resultados de licitações superfaturadas, pagando propina sobre os contratos.
O Fantástico não falou, mas as empresas foram escolhidas a dedo pela produção por já estarem envolvidas em escândalos de corrupção anteriormente (o que não invalida a reportagem).
O repórter gravou reuniões com representantes das empresas onde eles combinam resultados de licitações superfaturadas, pagando propina sobre os contratos.
O Fantástico não falou, mas as empresas foram escolhidas a dedo pela produção por já estarem envolvidas em escândalos de corrupção anteriormente (o que não invalida a reportagem).
Cortina de fumaça... que deu errado
A denúncia montada atende ao interesse público e é válida a iniciativa do programa em desmascarar empresas corruptas, só cabe estranhar a TV Globo levar ao ar essa matéria sobre corrupção que não se consuma (pois era uma encenação), e não noticiar os casos de corrupção consumados da semana, como as relações do "professor"-bicheiro Carlinhos Cachoeira com o senador Demóstenes Torres (DEM/GO) e com o governo de Marconi Perillo (PSDB/GO).
A denúncia montada atende ao interesse público e é válida a iniciativa do programa em desmascarar empresas corruptas, só cabe estranhar a TV Globo levar ao ar essa matéria sobre corrupção que não se consuma (pois era uma encenação), e não noticiar os casos de corrupção consumados da semana, como as relações do "professor"-bicheiro Carlinhos Cachoeira com o senador Demóstenes Torres (DEM/GO) e com o governo de Marconi Perillo (PSDB/GO).
Parece até cortina de fumaça para encobrir o escândalo Carlinhos
Cachoeira. A suspeita se reforça quando o Jornal Nacional reeditou a
notícia na segunda-feira, acrescentando a informação de que a oposição
ao governo federal fala em pedir uma CPI da saúde para investigar.
O problema é que a fumaça vai toda em direção a José Serra.
Outro esquema Sanguessuga?
A base governista deve assinar em peso essa CPI, pois será mais um capítulo da Privataria Tucana, misturado com sanguessuga 2.
E a primeira convocação deve começar pelas raízes do esquema, convocando José Serra (PSDB/SP) para explicar os contratos assinados entre o Ministério da Saúde (quando Serra era ministro), e a empresa Toesa Service Ltda. (uma das denunciadas pelo Fantástico), para oferecer serviços de ambulância terceirizados aos hospitais federais no Rio de Janeiro.
E a primeira convocação deve começar pelas raízes do esquema, convocando José Serra (PSDB/SP) para explicar os contratos assinados entre o Ministério da Saúde (quando Serra era ministro), e a empresa Toesa Service Ltda. (uma das denunciadas pelo Fantástico), para oferecer serviços de ambulância terceirizados aos hospitais federais no Rio de Janeiro.
Eis alguns contratos firmados pela TOESA com o Ministério da Saúde, durante a gestão de José Serra:
Diário Oficial da União de 11/01/2000 http://www.in.gov.br/imprensa/visualiza/index.jsp?jornal=3&pagina=27&data=11/01/2000 |
Diário Oficial da União de 10/09/1999 http://www.in.gov.br/imprensa/visualiza/index.jsp?jornal=3&pagina=19&data=10/09/1999 |
Diário Oficial da União de 13/12/1999 http://www.in.gov.br/imprensa/visualiza/index.jsp?jornal=3&pagina=41&data=13/12/1999 |
Os contratos acima são apenas uma amostra. Num levantamento completo aparecem bem mais contratos.
A pergunta que não quer calar é: as negociações desses contratos quando
Serra era ministro foram daquele jeito que o Fantástico mostrou?
Quando Serra assumiu a prefeitura de São Paulo, a Toesa foi atrás
Bastou José Serra ocupar a prefeitura de São Paulo em 2005, para a Toesa
Service inaugurar filial em São Paulo, atendendo "já de início a
Prefeitura" (nas palavras da própria empresa):
http://www.toesa.com.br/quem-somos.html |
E continuou contratada pela prefeitura na gestão de Gilberto Kassab:
Ministério Público investiga empresa no mensalão do DEM
Depois de atender José Serra, a Toesa também abriu filial no Distrito
Federal para atender o ex-governador José Roberto Arruda (ex-DEM) e de
seu então secretário de saúde Augusto Carvalho (PPS). Estava envolvida
no esquema do mensalão do DEM. Arruda
e Carvalho gastaram por mês com a Toesa (sem licitação) mais do que
gastaram com o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, apoiado
pelo Ministério da Saúde) no ano todo de 2009.
http://www.jusbrasil.com.br/diarios/6731240/dodf-secao-03-13-11-2009-pg-73/pdfView |
A Toesa também responde processo no Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, está envolvida em irregularidades em Natal (RN) e é investigada pelo Ministério Público de Goiás.
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