Do Blog do Miro - 1/7/2012
Altamiro Borges
Altamiro Borges
O ex-demo Demóstenes Torres, o “mosqueteiro da ética” da Veja, não tem mais nada a perder. A votação do pedido da Comissão de Ética do Senado pela sua cassação está agendada para 11 de julho. Ele já sabe que caminha celeremente para o inferno e parece que decidiu desembuchar. Segundo o seu advogado, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, “a partir de segunda-feira (2), ele vai falar”.
Em seu blog, Kakay informa que o ex-líder do DEM “vai ocupar a tribuna todos os dias para fazer o enfrentamento pontual de tudo o que foi imputado a ele”. Desde que foi denunciado por suas ligações com o mafioso Carlinhos Cachoeira, o falso arauto da moralidade estava em silêncio. Segundo Josias de Souza, da Folha tucana, o bravateiro estava “ausente da tribuna do Senado há 116 dias”.
"Colegas fogem de seus telefonemas"
Agora, pelo jeito, ele resolveu abrir o bico. O "ingênuo" Demóstenes deve reafirmar que não conhecia as atividades criminosas de Cachoeira e deverá pedir clemência aos seus pares no Senado – desculpando-se por se projetar como um cruel assassino de reputações. Mas, segundo os boatos, ele também pode atacar os seus antigos aliados, que o abandonaram no momento mais difícil da sua carreira.
O ex-demo não perdoa os dirigentes do seu antigo partido, a quem tanto ajudou nas campanhas eleitorais. “Demóstenes teve de bater em retirada do DEM para não ser expulso. Ele perdeu a aura de paladino da ética e o título de líder. Passou a frequentar o plenário só de raro em raro. Longe dos refletores, os colegas fogem dos seus telefonemas”, relata Josias de Souza.
Ao decidir “soltar a língua”, o senador que era tão paparicado pela mídia pode complicar a vida de muita gente. Será que irá falar sobre as suas relações privilegiadas com a Veja? De como ajudou a produzir várias capas sensacionalistas da revista? Será que vai abrir o jogo sobre o financiamento ilegal para as campanhas dos demotucanos, inclusive para presidente da República em 2010? A conferir
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Ao decidir “soltar a língua”, o senador que era tão paparicado pela mídia pode complicar a vida de muita gente. Será que irá falar sobre as suas relações privilegiadas com a Veja? De como ajudou a produzir várias capas sensacionalistas da revista? Será que vai abrir o jogo sobre o financiamento ilegal para as campanhas dos demotucanos, inclusive para presidente da República em 2010? A conferir
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