Em junho de 2005, o então deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) acusou o
PT de “pagar mesada” a mais de 100 deputados da base aliada para que
estes votassem a favor do governo no Congresso Nacional. Segundo ele, a
“compra de votos” era feita com dinheiro público. Jefferson batizou o
suposto esquema de “mensalão” e disse que o “cabeça” era o então
ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu.
As denúncias de Jefferson jamais foram comprovadas. Nem ele, nem as três
CPIs que trataram do assunto, nem o Ministério Público Federal, nem a
Polícia Federal, nem as dezenas de investigações paralelas da imprensa e
dos órgãos de fiscalização conseguiram reunir elementos que
sustentassem as acusações.
Apesar disso, os adversários do PT (Folha, Veja, Demóstenes e cia.)
mantiveram a farsa. E há sete anos repetem diariamente, a seus leitores e
eleitores, que o “mensalão” existiu, que o PT é uma “organização
criminosa”, que o governo Lula foi o “mais corrupto da história” e que
José Dirceu era o “chefe da quadrilha”.
Contra a farsa, a mentira e a ficção, nossa arma mais poderosa são os fatos.
1. O PT pagou mesadas a parlamentares da base aliada.
MENTIRA
Fatos: O PT ajudou partidos aliados a
quitar dívidas de campanha nos estados, relativas às eleições de 2002 e
2004. Em alguns casos, conforme assumido publicamente em entrevistas e
depoimentos, a ajuda não foi declarada à Justiça Eleitoral. Nunca houve
pagamentos mensais.
2. O dinheiro era para comprar votos de deputados da Câmara Federal.
MENTIRA
Fatos: Nem Roberto Jefferson, nem as
investigações posteriores, nem a denúncia do Ministério Público ao STF
conseguiram estabelecer ligações entre as datas dos depósitos bancários e
as votações na Câmara. Pelo contrário: existem datas em que os saques
coincidem com derrotas do governo em votações importantes.
3. Houve desvio de dinheiro público.
MENTIRA
Fatos: As transferências para que aliados
quitassem dívidas de campanha, que a mídia chama de mensalão, não
envolveram dinheiro público. O dinheiro veio de empréstimos feitos junto
aos bancos privados Rural e BMG. Por absoluta inconsistência, a
acusação de desvio de dinheiro público contra os principais nomes do
processo, entre eles José Dirceu, já foi derrubada no STF.
4. Para “bancar o esquema”, o BMG recebeu benefícios do governo.
MENTIRA
Fatos: Todas as instituições de
fiscalização e controle, entre elas o TCU (Tribunal de Contas da União),
atestam que não houve qualquer favorecimento ao BMG.
5. O “mensalão” foi o “maior esquema de corrupção da história do Brasil”.
MENTIRA
Fatos: Não houve “mensalão” e não houve esquema de corrupção. Se houvesse, estaria longe de ser o maior da história. O livro A Privataria Tucana,
lançado no final do ano passado, fala em falcatruas de bilhões de
dólares ocorridas durante as privatizações do governo FHC. O livro está
fartamente documentado e virou best-seller, apesar de a mídia e seus
articulistas fazer de conta que o livro não existe.
No Tatianeps
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