Meta de geração de investimentos em 5 anos vai passar de R$ 90 bi para R$ 100 bi, com a inclusão de novos trechos
Prazo de exploração de rodovias será de 25 anos, e o de ferrovias, de 30 anos; anúncio será feito amanhã
O pacote de estímulo ao investimento que a presidente Dilma anuncia
amanhã deve fixar o prazo das concessões de rodovias em 25 anos, e o de
ferrovias, em 30 anos.
O programa será fechado hoje e sua meta de geração de investimentos deve
passar dos R$ 90 bilhões previstos antes para mais de R$ 100 bilhões,
em cinco anos, nos dois setores que terão participação do setor privado.
A Falha apurou que, na reta final, Dilma pediu um "programa mais
agressivo", por isso o valor que os ganhadores das concessões terão de
investir deve aumentar.
O pacote previa a concessão de rodovias à iniciativa privada com a
exigência de duplicação de pelo menos 5.700 km (a distância de São Paulo
a Belém, ida e volta).
No setor ferroviário, a meta é conceder a exploração de no mínimo 8.000
km (oito vezes a distância entre São Paulo e Brasília) em novas linhas.
Novos Trechos
Os cálculos iniciais apontavam que, em cinco anos, as concessões de
rodovias deveriam gerar um investimento de pelo menos R$ 40 bilhões, e
as de ferrovias, R$ 50 bilhões. O governo deve elevar esses valores com a
inclusão de novos trechos e nova previsão de investimentos.
O ganhador das concessões terá de bancar os investimentos de ampliação e
renovação das rodovias previstos pelo governo e oferecer a menor tarifa
de pedágio.
Já nas ferrovias, a ideia é passar à iniciativa privada a construção de
novos trechos ou a reformulação de trechos muito antigos. As concessões
serão num modelo diferente do atual, em que o concessionário tinha
exclusividade na região. Agora, quem vencer terá que oferecer ao mercado
o espaço disponível para a passagem dos trens de diferentes empresas.
As medidas serão anunciadas amanhã no Planalto em reunião com dirigentes
empresariais -além do grupo de 30 grandes empresários, Dilma convidou
donos de empresas dos setores de transportes rodoviário e ferroviário.
Na sequência, o governo deve divulgar na próxima semana medidas no setor
de portos. Na primeira quinzena de setembro, devem ser anunciadas
medidas na área de aeroportos, redução do custo de energia e desoneração
da folha de pagamento.
Valdo Cruz e Dimmi AmoraNo Falha
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