quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Datafolha SP: Só Haddad e Serra crescem. Haddad, na preferência dos eleitores. Serra, na rejeição, que já chega a 43%

Russomano ainda lidera. Mas parou de crescer e mantém os mesmos 31% anteriores. Haddad disparou, saltando de 8% para 14%, enquanto Serra despencou para 22%, quase a metade de sua rejeição, que saltou de 37% para 43% (isso no Datafolha. No DataRua já passou dos 50%).

Com o início do horário eleitoral, a excelente campanha de Haddad e o conhecimento que o paulistano passa a ter das qualidades do candidato e de quem o apoia - Lula e Dilma - a tendência de crescimento do candidato petista é proporcional ao do candidato tucano. Só que Haddad cresce pra cima e Serra pra baixo.

É preciso analisar melhor os dados da pesquisa, que ainda não foram divulgados em sua totalidade, para uma opinião mais fundamentada.

Mas, apenas pelos números divulgados até agora, fica claro que a candidatura Serra morreu e ele vai comer o prato frio da vingança de Alckmin, que preconizei aqui em 29 de fevereiro:


Apoio de Alckmin à campanha de Serra para a prefeitura de São Paulo foi planejado num almoço solitário há 4 anos


A foto acima mostra o governador Geraldo Pinheirinho Alckmin almoçando sozinho, um dia antes da eleição que reconduziu Kassab à prefeitura de São Paulo, em 2008. Alckmin era o candidato do PSDB (partido do governador de SP na época, José Serra). Ficou em terceiro lugar, atrás de Kassab e Marta Suplicy.

Uma posição humilhante para quem vinha de uma campanha presidencial há dois anos, em que foi ao segundo turno com o presidente mais popular do Brasil, Lula. Isso aconteceu porque o governador Serra ignorou sua campanha e apoiou a reeleição de Kassab.

Enquanto almoçava solitariamente, há quatro anos, Alckmin não poderia imaginar que o destino o colocaria agora na posição de dar o troco e devolver a Serra o "apoio" de 2008.

Dizem que a vingança é um prato que se come frio. Nelson Rodrigues dizia que a pior solidão é a companhia de um paulista. Imagine esse almoço de um paulista solitário. Como deve estar frio agora, passados quatro anos.

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