O
ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), representou
à Polícia Federal pedindo a abertura de investigação contra a
Wikipédia. O ex-presidente do STF fez gestões junto ao conselho
editorial da enciclopédia virtual no Brasil para corrigir o que avalia
estar distorcido em seu verbete , que considerou ideológico. Sem êxito
junto aos editores, decidiu investir contra o produto. Para ele, a
Wikipédia está “aparelhada”. As informações são do jornal O Estado
A parte do verbete que deu causa à reação do ministro foi a que
reproduz denúncia da revista Carta Capital que ele contesta
judicialmente. Gilmar sustenta que por ser um dicionário o verbete deve
ser estritamente informativo sobre o biografado, sem absorver
avaliações de terceiros ou denúncias jornalísticas. Ele se queixa
também de o trecho reproduzido da revista ocupar seis parágrafos, muito
mais que o espaço dispensado à sua carreira, inclusive o mandato de
presidente do STF, resumido a um parágrafo. A carreira de Gilmar no STF
completou dez anos.
Paralelamente, Gilmar prepara uma representação ao Procurador-Geral da
República, Roberto Gurgel, pedindo investigação do uso de recursos
públicos para financiamento de blogs de conteúdo crítico ao governo e
instituições do Estado. Ele quer saber quanto as empresas estatais
destinam de seus orçamentos para esse tipo de publicidade. Gilmar
argumenta que não se pode confundir a liberdade constitucional de
expressão com o emprego de dinheiro público para financiar o ataque às
instituições e seus representantes.
No Amigos do Presidente Lula
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