Rui Martins, Direto da Redação
“Será que o
governo inglês se julga ainda na época da rainha Vitória e ousará invadir a
embaixada do Equador para retirar o militante Julian Assange, criador do
Wikileaks, ali refugiado, para extraditá-lo para a Suécia, de onde será enviado
aos Estados Unidos ?
A situação ficou tensa em
Londres, depois do anúncio do Foreign Office, equivalente ao Ministério das
Relações Exteriores, de que não deixará Julian Assange partir para o Equador. Ou
seja, a Inglaterra se recusa a conceder um salvo-conduto para o militante do
Wikileaks partir em segurança para o Equador.
Ora, isso equivale a
desrespeitar a Convenção de Viena e o direito internacional e, uma primeira
consequência, poderá ser a invasão das embaixadas da Inglaterra em Quito ou
outros países, ou pior ainda, a queda dessa garantia firmada pela Convenção de
Viena e a possibilidade de serem invadidas as embaixadas de quaisquer países em
todo mundo.
Será que a prepotente e
colonialista Inglaterra ousará desrespeitar esse princípio internacional,
imaginando que o Equador não merece mesmo respeito devido aos outros países ?
Sabendo-se que o juiz
espanhol Baltasar Garzon, agora advogado, defende Julian, isso nos lembra ter
sido ele quem pediu a prisão do ex-ditador do Chile em Londres. Pinochet
ficou meses em prisão domiciliar nos arredores de Londres, mas o ministro
inglês do Interior, Jack Straw, numa vergonhosa decisão optou pela libertação
do ex-ditador, sob a alegação de estar idoso e doente.
Evidentemente, caso a Inglaterra decida
invadir a embaixada equatoriana e extrair de dentro o militante Julian Assange,
isso equivalerá a um ato de guerra. Porém, todos sabem que o Equador não tem
condições para enfrentar a Inglaterra, o máximo ao seu alcance será um protesto
diplomático.”
Artigo Completo, ::AQUI::
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