segunda-feira, 8 de julho de 2013

A ponte do tucano Alckmin caiu...e matou 4

Na segunda (1º), caiu um dos pilares de sustentação de concreto da ponte que está sendo construída sobre o rio Piracicaba , em Piracicaba (São Paulo)  que faz parte do anel viário da cidade . Dez funcionários da obra e um guindaste caíram no rio, 4 morreram e um continua desaparecido.

A imprensa noticiou o caso em letras miúdas, sem dar destaque  que, a obra é governador  do estado de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) . A Agência Reguladora de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp),não deu nenhuma declaração sobre o acidente. Bombeiros e a Policia Militar que trabalham no local do acidente afirmam que receberam ordens de São Paulo  para não dar entrevistas sobre o acidente.

 A obra faz parte do contrato de concessão da Rodovias do Tietê e está orçada em R$ 79 milhões.A empresa responsável pelas obras para construção do anel viário de Piracicaba - a Construtura Tardelli -  já recebeu 40 autuações e quatro embargos desde setembro do ano passado.

  De acordo com o superintendente do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) no estado de São Paulo (SP), Luiz Antonio Medeiros, que passou essa informação em coletiva a imprensa, as multas foram aplicadas entre setembro e o final de junho

Um erro na análise do solo onde está sendo construída a ponte do anel viário de Piracicaba foi apontado como a possível causa do acidente, segundo o laudo preliminar divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e pelo Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de Piracicaba

Ainda de  acordo com informações do MPT, em setembro de 2012 foi aberto inquérito contra a construtora responsável pela obra, a Construtora Tardelli, que chegou a ser embargada devido ao risco de soterramento e uso impróprio de andaimes, na ocasião

"O fato não é uma fatalidade. Tudo indica que houve falha na engenharia da empresa, o que é de extrema gravidade. Nossa preocupação agora é apurar quem são os responsáveis pelo acidente. Eles devem pagar e responder criminalmente. Enquanto isso, queremos garantir apoio aos familiares, inclusive, o amparo financeiro", afirma o superintendente Luiz Antonio Medeiros.

Durante a vistoria, Medeiros citou a possibilidade do pedido de um processo que impeça a concessionária Rodovias do Tietê, responsável pelas obras, de continuar o trabalho. "Podemos sugerir, por meio do Ministério, que uma nova licitação seja aberta com foco na contratação de outra empresa para a realização das obras. A tragédia poderia ser ainda maior, caso a pilastra aguentasse até o final do trabalho e despencasse, após liberada, com diversos carros", afirma.

A mesma concessionária responde por obra semelhante na rodovia Régis Bittencourt, que passará por rigorosa vistoria. "Uma empresa que recebe 40 autuações em apenas uma obra deve passar por inspeção. Ainda mais quando é responsável pela construção de pontes em diversos pontos do Brasil. Todos os canteiros serão fiscalizados, mas o trabalho na rodovia Régis Bittencourt terá foco maior por ser muito semelhante ao de Piracicaba". 

Enquanto isso, o prefeito de Piracicaba Gabriel Ferrato (PSDB) e o governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), não tocam no assunto. A imprensa, aliada dos dois políticos, ajuda no silêncio. Nunca citam os nome dos dois.


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