Na segunda (1º), caiu um dos pilares de sustentação de concreto da ponte
que está sendo construída sobre o rio Piracicaba
, em Piracicaba (São Paulo) que faz parte do anel viário da cidade .
Dez funcionários da obra e um guindaste caíram no rio, 4 morreram e um
continua desaparecido.
Este foi o segundo acidente na obra desde maio, quando dois funcionários ficaram feridos e pendurados a 15 metros do chão após o rompimento de um cabo de sustentação.
A imprensa noticiou o caso em letras miúdas, sem dar destaque que, a
obra é governador do estado de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) . A
Agência Reguladora de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp),não deu
nenhuma declaração sobre o acidente. Bombeiros e a Policia Militar que
trabalham no local do acidente afirmam que receberam ordens de São
Paulo para não dar entrevistas sobre o acidente.
A obra faz parte do contrato de concessão da Rodovias do Tietê e está
orçada em R$ 79 milhões.A empresa responsável pelas obras para
construção do anel viário de
Piracicaba - a Construtura Tardelli - já recebeu 40 autuações e quatro
embargos desde setembro do ano passado.
De acordo com o superintendente do Ministério do Trabalho e Emprego
(MTE) no estado de São Paulo (SP), Luiz Antonio Medeiros, que passou
essa informação em coletiva a imprensa, as multas foram aplicadas entre
setembro e o final de junho
Um erro na análise do solo onde está sendo construída a ponte do anel
viário de Piracicaba foi apontado como a possível causa do acidente,
segundo o laudo preliminar divulgado pelo Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE) e pelo Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de
Piracicaba
Ainda de acordo com informações do MPT, em setembro de 2012 foi aberto
inquérito contra a construtora responsável pela obra, a Construtora
Tardelli, que chegou a ser embargada devido ao risco de soterramento e
uso impróprio de andaimes, na ocasião
"O fato não é uma fatalidade. Tudo indica que houve falha na engenharia
da empresa, o que é de extrema gravidade. Nossa preocupação agora é
apurar quem são os responsáveis pelo acidente. Eles devem pagar e
responder criminalmente. Enquanto isso, queremos garantir apoio aos
familiares, inclusive, o amparo financeiro", afirma o superintendente Luiz Antonio Medeiros.
Durante
a vistoria, Medeiros citou a possibilidade do pedido de um processo que
impeça a concessionária Rodovias do Tietê, responsável pelas obras, de
continuar o trabalho. "Podemos sugerir, por meio do Ministério, que uma
nova licitação seja aberta com foco na contratação de outra empresa para
a realização das obras. A tragédia poderia ser ainda maior, caso a
pilastra aguentasse até o final do trabalho e despencasse, após
liberada, com diversos carros", afirma.
A mesma concessionária responde por obra semelhante na rodovia Régis
Bittencourt, que passará por rigorosa vistoria. "Uma empresa que recebe
40 autuações em apenas uma obra deve passar por inspeção. Ainda mais
quando é responsável pela construção de pontes em diversos pontos do
Brasil. Todos os canteiros serão fiscalizados, mas o trabalho na rodovia
Régis Bittencourt terá foco maior por ser muito semelhante ao de
Piracicaba".
Enquanto isso, o prefeito de Piracicaba Gabriel Ferrato (PSDB) e o
governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), não tocam no assunto. A
imprensa, aliada dos dois políticos, ajuda no silêncio. Nunca citam os
nome dos dois.
Nenhum comentário:
Postar um comentário