“Abordado por jornalistas ao sair da sessão
em que só não votou em razão de uma chicana conduzida pela ala acusatória do
Supremo Tribunal Federal, decano da corte, Celso de Mello, afirma que já firmou
convicção sobre a admissibilidade dos embargos infringentes e manifestou sua
posição em agosto do ano passado, favorável aos recursos (assista o vídeo);
perguntado sobre se seu entendimento pode evoluir, ele foi claro: "acho
que não evolui"; nos próximos dias, no entanto, ele será alvo de intensa pressão
para que mude seu voto e negue aos réus a possibilidade de um recurso sempre
aceito no STF
Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal, estava preparado
para proferir seu voto na sessão desta quinta-feira. Só não o fez em razão de
uma chicana liderada pela ala acusatória da suprema corte. Na sessão de ontem,
o presidente da corte, Joaquim Barbosa, encerrou os trabalhos às 18h. Hoje,
também antecipou o fim alegando que haveria sessão do Tribunal Superior
Eleitoral. Foi ajudado pelos ministros Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello, que
proferiram votos extensos, de modo a impedir que o decano pudesse falar. O
objetivo é submetê-lo a uma pressão intensa dos meios comunicação. De hoje até
a quarta-feira, quando os embargos infringentes serão julgados, há tempo para
capas de Veja e Época e diversos editoriais de jornais, como O Globo. A aposta
dos que querem negar aos réus um direito de defesa antes consagrado no STF é
que Celso de Mello não suportará a pressão midiática.
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