Estimativa das instituições
financeiras pesquisadas pelo Banco Central para a expansão da economia
passou de 2,32% para 2,35% este ano; economistas esperam ainda que a
inflação fique abaixo da previsão anterior, de 5,83% para 5,82%;
expectativa para a Selic foi elevada de 9,50% para 9,75%
Brasília - As instituições financeiras pesquisadas pelo Banco Central
(BC) fizeram ajustes nas projeções para o crescimento da economia. A
estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos
os bens e serviços produzidos no país, passou de 2,32% para 2,35%, este
ano e caiu de 2,30% para 2,28%, em 2014.
A estimativa para a expansão da produção industrial caiu de 2,11% para 2,10%, este ano, e segue em 3%, para 2014.
A projeção das instituições financeiras para a relação entre a dívida
líquida do setor público e o PIB segue em 35%, este ano, e foi ajustada
de 34,85% para 34,80%, no próximo ano.
Ainda de acordo com a pesquisa do BC a instituições financeiras, o dólar
deve fechar este ano cotado a R$ 2,36, a mesma estimativa da semana
passada. Para 2014, a previsão segue em R$ 2,40.
A estimativa para o superávit comercial, saldo positivo de exportações
menos importações, passou de US$ 3 bilhões para US$ 2,5 bilhões, este
ano, e de US$ 8 bilhões para US$ 10 bilhões, em 2014.
A previsão das instituições financeiras para o saldo negativo em
transações correntes (registro das transações de compra e venda de
mercadorias e serviços do Brasil com o exterior) foi ajustada de US$ 77
bilhões para US$ 78,00 bilhões este ano, e segue em US$ 78,9 bilhões, em
2014.
A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão
para o setor produtivo do país) foi mantida em US$ 60 bilhões tanto para
2013 quanto para o próximo ano.
Instituições financeiras aumentam para 9,75% projeção da Selic em 2013
Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) esperam por
uma taxa básica de juros (Selic) maior ao final do ano. A projeção
passou de 9,50% para 9,75%. Para o final de 2014, a estimativa também é
9,75% ao ano, a mesma da semana passada. Atualmente, a Selic está em 9%
ao ano.
Essa mudança na projeção para 2013 ocorreu depois da divulgação da ata
da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. Na ata,
o Copom explica que era preciso dar continuidade ao ritmo de elevação
da Selic em 0,50 ponto percentual, tendo em vista os danos que a
persistência da inflação alta "causaria à tomada de decisões sobre
consumo e investimentos".
A taxa Selic é usada como instrumento para influenciar a atividade
econômica e, por consequência, a inflação. Quando considera que os
preços estão em alta, o comitê eleva a Selic.
É função do BC fazer com que a inflação convirja para a meta (4,5%), com
margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
O indicador da meta é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA), que na previsão das instituições financeiras deve ficar acima do
centro da meta, mas abaixo do limite superior. A projeção para o IPCA
passou de 5,83% para 5,82%, este ano, e de 5,84% para 5,85%, em 2014.
A pesquisa do BC também traz a mediana das expectativas para a inflação
medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de
Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que foi ajustada de 4,38% para 4,22%,
este ano, e segue em 5,27%, em 2014.
A projeção para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna
(IGP-DI) foi alterada de 4,57% para 4,79%, em 2013, e de 5,64% para
5,72% em 2014. Para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), as
projeções foram ajustadas de 4,45% para 4,62%, este ano, e de 5,55% para
5,59% no próximo ano.
Kelly OliveiraNo Agência Brasil
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