Fernando Brito, Tijolaço
"No final de maio do ano passado, o senador Aécio Neves publicou um artigo na Folha, fazendo coro às acusações de Marina Silva de que havia um ”Mensalet” ou “mensalão da internet”, “uma indústria subterrânea voltada a disseminar calúnias e a tentar destruir reputações”.
“Fingindo espontaneidade, perfis falsos inundam as áreas de comentários de sites e blogs com palavras-chaves previamente definidas; robôs são usados para induzir pesquisas com o claro objetivo de manipular os sistemas de busca de conteúdo; calúnias são disparadas de forma planejada e replicadas exaustivamente, com a pretensão de parecerem naturais.“, escreveu Aécio.
Hoje, o Estadão mostra que o presidente do PSDB sabia do que estava falando.
Pouco antes do julgamento dos embargos infringentes, segundo o jornal, “um ‘exército de “robôs’ entrou em campo no Twitter durante o julgamento do mensalão com o provável objetivo de levar um slogan aos “trending topics” – a lista de termos mais citados”.
A mensagem “diga #NaoAosEmbargosInfringentes” foi espalhada por 23.846 usuários.
Deles, apenas três pessoas de verdade.
Os outros 23.843 eram perfis falsos, criados em série e, informa o repórter Daniel Bramatti, “seguidos por zero usuários e também não seguiam ninguém no Twitter; entraram na rede em 13 ou 14 de setembro”.
Todas as mensagens remetiam a um vídeo no Youtube, o “#OperaçãoBrasilSemPT.”.
O senador Aécio Neves, que foi à Justiça tentar bloquear menções a seu nome que o associassem a entorpecentes ou a desvios de verba, certamente vai apoiar uma investigação sobre este “exército” de “robôs” que visava pressionar o Supremo e criar um clima de comoção nas redes sociais, não é?
E não precisa ser sob sigilo de Justiça, como fez ele, identificando-se apenas como “A.N. da C.”.
Pode e deve ser aberto, conduzido pelo Ministério Público Eleitoral, já que a menção ao “Brasil sem PT” deixa evidente o cunho de propaganda antipartido da propaganda e, portanto, tão propaganda eleitoral irregular quanto aquela que é a favor.
Basta imaginar o que estariam fazendo, a esta hora, os tucanos se a chamada fosse para um “#OperaçãoBrasilsemPSDB”.
É, simples, simples, descobrir a origem: basta pedir ao Twitter os “IP” dos criadores ou do criador dos perfis falsos, naqueles dois únicos dias. Identificado, ver quem o contratou.
Você acredita que o PT vá pedir essa apuração? Nem eu.
E os “brucutus” tucanos vão continuar agindo na certeza da impunidade."
"No final de maio do ano passado, o senador Aécio Neves publicou um artigo na Folha, fazendo coro às acusações de Marina Silva de que havia um ”Mensalet” ou “mensalão da internet”, “uma indústria subterrânea voltada a disseminar calúnias e a tentar destruir reputações”.
“Fingindo espontaneidade, perfis falsos inundam as áreas de comentários de sites e blogs com palavras-chaves previamente definidas; robôs são usados para induzir pesquisas com o claro objetivo de manipular os sistemas de busca de conteúdo; calúnias são disparadas de forma planejada e replicadas exaustivamente, com a pretensão de parecerem naturais.“, escreveu Aécio.
Hoje, o Estadão mostra que o presidente do PSDB sabia do que estava falando.
Pouco antes do julgamento dos embargos infringentes, segundo o jornal, “um ‘exército de “robôs’ entrou em campo no Twitter durante o julgamento do mensalão com o provável objetivo de levar um slogan aos “trending topics” – a lista de termos mais citados”.
A mensagem “diga #NaoAosEmbargosInfringentes” foi espalhada por 23.846 usuários.
Deles, apenas três pessoas de verdade.
Os outros 23.843 eram perfis falsos, criados em série e, informa o repórter Daniel Bramatti, “seguidos por zero usuários e também não seguiam ninguém no Twitter; entraram na rede em 13 ou 14 de setembro”.
Todas as mensagens remetiam a um vídeo no Youtube, o “#OperaçãoBrasilSemPT.”.
O senador Aécio Neves, que foi à Justiça tentar bloquear menções a seu nome que o associassem a entorpecentes ou a desvios de verba, certamente vai apoiar uma investigação sobre este “exército” de “robôs” que visava pressionar o Supremo e criar um clima de comoção nas redes sociais, não é?
E não precisa ser sob sigilo de Justiça, como fez ele, identificando-se apenas como “A.N. da C.”.
Pode e deve ser aberto, conduzido pelo Ministério Público Eleitoral, já que a menção ao “Brasil sem PT” deixa evidente o cunho de propaganda antipartido da propaganda e, portanto, tão propaganda eleitoral irregular quanto aquela que é a favor.
Basta imaginar o que estariam fazendo, a esta hora, os tucanos se a chamada fosse para um “#OperaçãoBrasilsemPSDB”.
É, simples, simples, descobrir a origem: basta pedir ao Twitter os “IP” dos criadores ou do criador dos perfis falsos, naqueles dois únicos dias. Identificado, ver quem o contratou.
Você acredita que o PT vá pedir essa apuração? Nem eu.
E os “brucutus” tucanos vão continuar agindo na certeza da impunidade."
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