Jornal GGN - sab, 22/03/2014 - 22:06
- Atualizado em 23/03/2014 - 09:56
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Havia duas cláusulas colocadas em questão:
1. A "put option", pelo qual cada sócio tem o direito de oferecer
sua parte para o outro. E o que receber a proposta tem duas
alternativas: ou comprar a parte do outro ou vender a sua pelo valor
proposto pelo sócio. É cláusula comum em quase todos os contratos onde
existem dois acionistas principais.
2. A "clausula Marlin", pela qual a Petrobras garantia à Astra (sua
sócia na Pasadena) rentabilidade mínima de 6,9% ao ano. Este é o ponto
central pois, caso a rentabilidade caísse abaixo desse valor, a
Petrobras seria prejudicada.
Confiram, agora, como se turbina uma denúncia
O Estadão solta uma matéria "denunciando" o fato do Conselho da
Petrobras ter aprovado a compra de uma refinaria no Japão que continha a
cláusula "put option", que é comum a esse tipo dee contrato.
Os repórteres fizeram um bom trabalho e separaram bem as duas
cláusulas: a put e a Marlim. E citaram declarações do ex-presidente José
Gabrielli mostrando que a cláusula "put" não tinha nada de excepcional.
Os repórteres informam que a compra da refinaria do Japão continha a
cláusula "put", mas não a cláusula de Marlim
"Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o ex-presidente da
Petrobrás José Sérgio Gabrielli citou o contrato da refinaria de Okinawa
como exemplo de que o Put Option era comum nos contratos da empresa,
colocando em dúvida a versão da presidente de que foi surpreendida pela
cláusula no caso Pasadena. O contrato do Japão não continha a cláusula
de Marlim".
Fica claro na reportagem que a diferença é a cláusula Marlim - que
não constava na compra da refinaria japonesa. Repito: o problema é a
cláusula Marlim, jamais o put.
A manchete do jornal, no entanto, escandaliza o que não é escândalo, não considerando o conteúdo enviado pelos repórteres.
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Aí o G1 repercute a falsa denúncia:
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Na sequencia, a oposição pega a falsa denúncia é pede CPI - o que é prontamente repercutido pelo jornal.
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