quarta-feira, 30 de junho de 2010

Serra perdeu o palanque “verde” no Rio

Duas boas notícias para a candidatura Dilma no Rio de Janeiro, que me fazem voltar atrás na previsão de que ela teria 60% dos votos aqui. Não terá, terá perto de 70%, no primeiro turno, escrevam. Se as coisas continuarem como vão.

A primeira delas é a de que uma decisão do TSE permitirá a Garotinho concorrer. E Garotinho é do PR, que apóia Dilma. mesmo que o ex-governador esteja mal das pernas e das fichas, e ele, que tem eleitorado no interior e na Baixada, nem pode colocar Serra nos seus programas, o que já não faria em condições normais, de olho no voto do povão.

A outra é a de que o TSE prioibiu Gabeira de dar palanque eletrônico a Serra, decidindo, segundo O Globo, no final da noite desta terça-feira que os candidatos à Presidência José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) “não poderão aparecer no programa eleitoral do deputado Fernando Gabeira, candidato do PV ao governo do Rio”. Em análise de consulta feita pelo PPS, os ministros do TSE entenderam que as coligações regionais não podem se favorecer de alianças feitas em nível nacional.

- O candidato não pode puxar para o regional a coligação que não existe – afirmou o corregedor do TSE, ministro Aldir Passarinho.

Diz o jornal : “o PPS perguntou ao TSE se o candidato majoritário em nível regional do partido A pode utilizar a imagem e a voz do candidato à Presidência de seu partido, mesmo estando ele coligado em âmbito regional com o partido B, que tem candidato diverso à Presidência?Também perguntou se pode a imagem e a voz do candidato à Presidência do partido B, que integra a coligação em âmbito regional com o partido A, ser utilizada na propaganda eleitoral regional, na qual será utilizada também a imagem e a voz do candidato a presidente do partido A?

O TSE respondeu não às duas perguntas, segundo O Globo. O caso se aplica diretamente ao candidato do PV, uma vez que o PSDB, o DEM e o PPS estão coligados para apoiar a candidatura de José Serra à Presidência. O PV está com Marina Silva. Mas no Rio de Janeiro, os quatro partidos estão unidos em apoio à candidatura de Gabeira.

Se isso não for revertido, prejuízo em dobro: Gabeira não conquista a direita “brucutu”, que queria usa-lo para ganhar nas áreas em que não sensíveis a um “serrismo sem Serra”.

Estamos só no começo, a coisa ainda vai se apertar mais para Serra. E também para o oportunismo “verde” de alguns, que estavam topando tudo em nome de apoio, nas mais variadas concepções da palavra.

Não há tanga de crochê que esconda que esta será a candidatura da direita. Pobre Marina…

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