Theófilo Silva, Blog: Rádio do Moreno
“Confesso que o envolvimento do senador
Demóstenes Torres com o mafioso Carlinhos Cachoeira foi uma surpresa para mim,
um choque, na verdade. E sei que milhões de brasileiros estão tão chocados
quanto eu. Sabemos que não existem santos em política, mas ninguém esperava que
esse promotor de justiça, secretário de segurança de Goiás, paladino da ética
pública, fosse apanhado pela justiça federal em conversas com Cachoeira, numa
operação em que 80 pessoas – vários delegados e policiais – foram indiciadas e
outras presas, por formação de quadrilha e outros crimes graves. Descobriu-se
que Demóstenes fez 300 ligações telefônicas para Cachoeira, num prazo de sete
meses, e detinha um telefone exclusivo para falar com o criminoso.
Foi triste ver Demóstenes Torres ser defendido por dezenas de senadores enquanto fazia seu tosco discurso de defesa no senado. Ele, que parecia desprezar os colegas, como se fosse uma rosa em uma floresta de espinhos! Foi deprimente ver Demóstenes, um advogado, procurador de justiça, diante das câmeras de televisão, consultando um advogado criminalista, e se negando a responder uma simples pergunta sobre o uso de um telefone. Demóstenes morreu ali, naquele momento. Terminava naquela entrevista a carreira da Vestal da política brasileira.
Deixem-me dizer o que é uma vestal. Na Roma antiga, antes da chegada de Cristo, Vesta era a deusa mais importante dos romanos, detentora de um belíssimo templo consagrado a ela. O santuário era guardado pelas vestais, jovens escolhidas aos dez anos de idade, que ficavam encarregadas, durante 30 anos, de zelar para que o fogo sagrado nunca apagasse. Durante esse tempo, elas deveriam permanecer virgens, e levar uma vida de castidade e pureza. Se uma delas quebrasse os votos, o crimen incesti, era condenada a morte por decapitação ou tapocrifação (enterrada viva).”
Artigo Completo, ::Aqui::
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