“Senador foi abandonado pelos aliados; em
grampo, ele tramava CPIs contra adversários, como o PT
Brasil 247
Novos trechos de conversas gravadas pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo, que investigou um esquema de exploração ilegal de jogos com sede em Goiás e negócios em Brasília e outros estados da federação, dão mostras da intimidade entre o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acusado de ser o chefe da quadrilha. Os diálogos, aos quais VEJA teve acesso, revelam novos favores do contraventor ao senador de oposição. Num deles, gravado em maio do ano passado, Cachoeira avisa ao senador: “Não esquece do avião, não, tá aí esperando, tá?”. Em outro telefonema, também do ano passado, ao ouvir de Demóstenes a queixa de que seu tablet iPad acabara de quebrar, Cachoeira é diligente na solução: diz que vai mandar alguém entregar um aparelho novo ao senador.
A conversa em que Cachoeira se refere ao avião é datada de 20 de maio de 2011, uma sexta-feira, e foi registrada nos relatórios da Polícia Federal sob o título “Carlinhos oferece aeronave para Demóstenes”:
Demóstenes - Fala, professor.
Cachoeira - Não esquece do avião não, tá aí esperando, tá?
Demóstenes - Já liguei pra ele, tô indo lá, dei uma enrolada aqui.
O diálogo em que Cachoeira diz
que providenciará um tablet novo para o senador se deu duas semanas depois, em
4 de junho. Num dos relatórios da operação, a PF resumiu assim a conversa:
“Demóstenes reclama que seu iPad deu pau, Carlinhos diz que vai mandar alguém entregar
um novo”. No mesmo telefonema, Demóstenes diz a Cachoeira que está se dirigindo
ao aeroporto “para buscar o Toffoli”. De acordo com fontes ligadas à
investigação, trata-se do ministro José Antonio Dias Toffoli, do Supremo
Tribunal Federal.”
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