segunda-feira, 12 de março de 2012

Fim da linha para Ricardo Teixeira.


 
NOTA DO BLOG DO SARAIVA:
Fico esperando agora o fim da linha do JOSÉ SERRA.
Acredito que está próximo.
Boa noite!
Saraiva
 
CartaCapital

Uma carta sucinta, com apenas oito frases, encerrou nesta segunda-feira 12 o reinado de 23 anos de Ricardo Teixeira na entidade máxima do futebol nacional.
Menos de uma semana após anunciar seu afastamento da CBF, a Confederação Brasileira de Futebol, alegando motivos de saúde, o cartola divulgou uma carta comunicando sua renúncia. Sem apoio no governo federal, e a pouco mais de dois anos para a Copa de 2014, ele não suportou a pressão diante das suspeitas de ter se beneficiado do cargo para enriquecer e deixou o comando do futebol. Teixeira, além de presidir a CBF, estava à frente também do Comitê Organizador Local, o COL, órgão responsável por gerenciar a organização do Mundial.
A renúncia acontece no momento de tensão entre a Fifa, entidade máxima do futebol internacional, e a CBF. Desafeto do presidente da Fifa, Joseph Blatter, Teixeira pretendia sair como candidato à presidência da entidade em 2015, logo após a Copa, mas era boicotado por Blatter desde a última eleição da Fifa, quando apoiou Mohammed Bin Hamman, do Catar.
Pesava ainda contra ele a suspeita de ter recebido suborno da ISL, empresa de marketing que controlava direitos de imagem das Copas do Mundo nos anos 1990. O resultado da investigação é mantido em sigilo na Suíça, sede da entidade – mas quem acompanha o escândalo garante que seu teor poderia vir a público a qualquer momento, com a ajuda de Blatter. A exposição deixaria Teixeira sem condições de comandar a CBF e o COL às vésperas do megaevento no Brasil.
Em fevereiro, Teixeira foi citado em outro escândalo: o de ter sido beneficiado com dinheiro público que bancou um amistoso supostamente superfaturado entre Brasil e Portugal, no Distrito Federal.
A empresa organizadora da partida, a Ailanto Marketing, foi contratada sem licitação pelo governo local – administrado por José Roberto Arruda, preso e investigado no chamado “Mensalão do DEM”.
Em reportagem recente, a Folha de S.Paulo mostrou os elos entre o cartola e a empresa, que pertence ao espanhol Sandro Rosell, presidente do Barcelona, ex-diretor de marketing da Nike no Brasil e padrinho de casamento de Teixeira. O agora ex-manda-chuva da CBF é acusado de ter recebido dinheiro da Ailanto após o amistoso.
A má notícia para os torcedores brasileiros é que o substituto de Teixeira será o ex-governador paulista José Maria Marin – que, em 25 de janeiro deste ano, foi flagrado embolsando uma medalha em meio à premiação dos campeões da Copa São Paulo de juniores.
Em sua carta de despedida, Texeira escreveu: “Presidir paixões não é uma tarefa fácil. Futebol em nossos pais e associado a duas imagens: Talento e desorganização. Quando ganhamos, exaltam o talento. Quando perdemos, a desorganização. Fiz nesses anos o que estava ao meu alcance, sacrificando a saúde. Fui criticado nas derrotas e subvalorizado nas vitórias. Deixo definitivamente a presidência da CBF com a sensação de dever cumprido.”

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