NOTA DO BLOG DO SARAIVA:
Fico esperando agora o fim da linha do JOSÉ SERRA.
Acredito que está próximo.
Boa noite!
Saraiva
CartaCapital
Uma carta sucinta, com apenas oito frases, encerrou nesta segunda-feira
12 o reinado de 23 anos de Ricardo Teixeira na entidade máxima do
futebol nacional.
Menos de uma semana após anunciar seu afastamento da CBF, a Confederação
Brasileira de Futebol, alegando motivos de saúde, o cartola divulgou
uma carta comunicando sua renúncia. Sem apoio no governo federal, e a
pouco mais de dois anos para a Copa de 2014, ele não suportou a pressão
diante das suspeitas de ter se beneficiado do cargo para enriquecer e
deixou o comando do futebol. Teixeira, além de presidir a CBF, estava à
frente também do Comitê Organizador Local, o COL, órgão responsável por
gerenciar a organização do Mundial.
A renúncia acontece no momento de tensão entre a Fifa, entidade máxima
do futebol internacional, e a CBF. Desafeto do presidente da Fifa,
Joseph Blatter, Teixeira pretendia sair como candidato à presidência da
entidade em 2015, logo após a Copa, mas era boicotado por Blatter desde a
última eleição da Fifa, quando apoiou Mohammed Bin Hamman, do Catar.
Pesava ainda contra ele a suspeita de ter recebido suborno da ISL,
empresa de marketing que controlava direitos de imagem das Copas do
Mundo nos anos 1990. O resultado da investigação é mantido em sigilo na
Suíça, sede da entidade – mas quem acompanha o escândalo garante que seu
teor poderia vir a público a qualquer momento, com a ajuda de Blatter. A
exposição deixaria Teixeira sem condições de comandar a CBF e o COL às
vésperas do megaevento no Brasil.
Em fevereiro, Teixeira foi citado em outro escândalo: o de ter sido
beneficiado com dinheiro público que bancou um amistoso supostamente
superfaturado entre Brasil e Portugal, no Distrito Federal.
A empresa organizadora da partida, a Ailanto Marketing, foi contratada
sem licitação pelo governo local – administrado por José Roberto Arruda,
preso e investigado no chamado “Mensalão do DEM”.
Em reportagem recente, a Folha de S.Paulo mostrou os elos entre o
cartola e a empresa, que pertence ao espanhol Sandro Rosell, presidente
do Barcelona, ex-diretor de marketing da Nike no Brasil e padrinho de
casamento de Teixeira. O agora ex-manda-chuva da CBF é acusado de ter
recebido dinheiro da Ailanto após o amistoso.
A má notícia para os torcedores brasileiros é que o substituto de
Teixeira será o ex-governador paulista José Maria Marin – que, em 25 de
janeiro deste ano, foi flagrado embolsando uma medalha em meio à
premiação dos campeões da Copa São Paulo de juniores.
Em sua carta de despedida, Texeira escreveu: “Presidir paixões não é uma
tarefa fácil. Futebol em nossos pais e associado a duas imagens:
Talento e desorganização. Quando ganhamos, exaltam o talento. Quando
perdemos, a desorganização. Fiz nesses anos o que estava ao meu alcance,
sacrificando a saúde. Fui criticado nas derrotas e subvalorizado nas
vitórias. Deixo definitivamente a presidência da CBF com a sensação de
dever cumprido.”
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