Emissários de tucano pressionam governo do Estado a atuar para anular a disputa
Receio é de possível constrangimento na votação para a escolha do candidato à Prefeitura de SP, marcada para o dia 25
Receio é de possível constrangimento na votação para a escolha do candidato à Prefeitura de SP, marcada para o dia 25
CATIA SEABRA
DE BRASÍLIA
PAULO GAMA
DE SÃO PAULO
Apesar do discurso público a favor da manutenção das prévias para que o PSDB escolha seu candidato à Prefeitura de São Paulo, José Serra opera, nos bastidores, para desmontar a disputa interna.
Emissários do pré-candidato tucano fizeram chegar ao Palácio dos Bandeirantes o desejo de que o governador Geraldo Alckmin atue com mais força para convencer o o secretário José Aníbal a desistir de sua pré-candidatura.
Alckmin já fez movimento nesse sentido, mas Aníbal resiste sob o argumento de que já foi obrigado a abrir mão outras vezes em nome de acordos internos do partido.
Segundo tucanos, Serra acredita que vencerá as prévias, marcadas para o dia 25, mas teme que a votação obtida por seus adversários cause constrangimentos.
Além de Aníbal, está no páreo o deputado federal Ricardo Tripoli.
Na avaliação de serristas, uma votação expressiva a Aníbal e Tripoli exporia resistência ao candidato dentro do próprio partido, um desgaste desnecessário para quem lidera as pesquisas de intenção de voto.
Oficialmente, Serra repete estar se "empenhando para ganhar as prévias".
Ele participou ontem de um ato de apoio promovido pelos vereadores tucanos na capital.
Passaram pelo evento vereadores de outros partidos da base do prefeito Gilberto Kassab (PSD) e que são cobiçados pelos tucanos, como Eliseu Gabriel, do PSB.
Ao falar sobre o pedido feito por Aníbal e por Tripoli à Executiva Municipal para que haja novos debates entre eles de preparação para as prévias, Serra desconversou e disse que não está "agindo nem 'desagindo'" para que eles sejam realizados.
Após a entrada do tucano na disputa, ocorrida no mês passado, Aníbal e Tripoli passaram a reivindicar a realização de novos debates entre os pré-candidatos.
APOIOS
Serra vem buscando nos últimos dias demonstrar que tem o apoio da cúpula partidária, tendo anteontem obtido essa manifestação da bancada de deputados federais.
Aníbal criticou a estratégia ontem, minimizando o impacto desses apoios na definição da disputa: "Quem vota em prévia é filiado".
O senador Aloysio Nunes, aliado de Serra, respondeu:
"Por que ele [Aníbal] não reúne os deputados federais que o apoiam? Ele pode. O que não pode é transformar essa disputa na prévia do partido Republicano americano", disse Aloysio Nunes, numa menção à agressividade que marca a disputa nos EUA.
Na avaliação de tucanos, Tripoli oferece menor resistência à ideia de desistir em favor de Serra.
No entorno de Alckmin, há quem defenda que o governador interrompa o processo de prévias antes que os ânimos fiquem mais acirrados.
DE BRASÍLIA
PAULO GAMA
DE SÃO PAULO
Apesar do discurso público a favor da manutenção das prévias para que o PSDB escolha seu candidato à Prefeitura de São Paulo, José Serra opera, nos bastidores, para desmontar a disputa interna.
Emissários do pré-candidato tucano fizeram chegar ao Palácio dos Bandeirantes o desejo de que o governador Geraldo Alckmin atue com mais força para convencer o o secretário José Aníbal a desistir de sua pré-candidatura.
Alckmin já fez movimento nesse sentido, mas Aníbal resiste sob o argumento de que já foi obrigado a abrir mão outras vezes em nome de acordos internos do partido.
Segundo tucanos, Serra acredita que vencerá as prévias, marcadas para o dia 25, mas teme que a votação obtida por seus adversários cause constrangimentos.
Além de Aníbal, está no páreo o deputado federal Ricardo Tripoli.
Na avaliação de serristas, uma votação expressiva a Aníbal e Tripoli exporia resistência ao candidato dentro do próprio partido, um desgaste desnecessário para quem lidera as pesquisas de intenção de voto.
Oficialmente, Serra repete estar se "empenhando para ganhar as prévias".
Ele participou ontem de um ato de apoio promovido pelos vereadores tucanos na capital.
Passaram pelo evento vereadores de outros partidos da base do prefeito Gilberto Kassab (PSD) e que são cobiçados pelos tucanos, como Eliseu Gabriel, do PSB.
Ao falar sobre o pedido feito por Aníbal e por Tripoli à Executiva Municipal para que haja novos debates entre eles de preparação para as prévias, Serra desconversou e disse que não está "agindo nem 'desagindo'" para que eles sejam realizados.
Após a entrada do tucano na disputa, ocorrida no mês passado, Aníbal e Tripoli passaram a reivindicar a realização de novos debates entre os pré-candidatos.
APOIOS
Serra vem buscando nos últimos dias demonstrar que tem o apoio da cúpula partidária, tendo anteontem obtido essa manifestação da bancada de deputados federais.
Aníbal criticou a estratégia ontem, minimizando o impacto desses apoios na definição da disputa: "Quem vota em prévia é filiado".
O senador Aloysio Nunes, aliado de Serra, respondeu:
"Por que ele [Aníbal] não reúne os deputados federais que o apoiam? Ele pode. O que não pode é transformar essa disputa na prévia do partido Republicano americano", disse Aloysio Nunes, numa menção à agressividade que marca a disputa nos EUA.
Na avaliação de tucanos, Tripoli oferece menor resistência à ideia de desistir em favor de Serra.
No entorno de Alckmin, há quem defenda que o governador interrompa o processo de prévias antes que os ânimos fiquem mais acirrados.
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