domingo, 4 de março de 2012

Troca justa: Johnny Marr reúne Smiths se governo conservador britânico cair

Marr repreende David Cameron, primeiro ministro britânico, via Twitter.  Este blogueiro é saudoso fã da banda inglesa e sempre admirou seus posicionamentos políticos através da arte
Guitarrista dos Smiths promete reunir a banda se Cameron cair

Primeiro-ministro britânico é fã da banda que se tornou símbolo do rock alternativo dos anos 1980

O guitarrista britânico Johnny Marr, fundador da banda The Smiths, disse que seus integrantes irão voltar a tocar juntos e reavivar um dos maiores ícones do indie rock da década de 80. Para que isso ocorra, no entanto, será necessária uma singela condição: o fim do governo conservador chefiado pelo premiê David Cameron.

O músico, considerado pela revista Rolling Stone o 51º guitarrista de todos os tempos, fez essa polêmica afirmação nesta quinta-feira (01/03) durante uma premiação organizada nesta semana pela revista NME (veja o vídeo aqui). A banda foi premiada pela coletânea “Complete”.

Perguntado se não seria hora de a banda voltar, ele afirmou que poderia fazê-lo caso o governo britânico caísse. ”Seria um troca justa, não? O país estaria melhor, você não acha?”. “Então se a coalizão cair, você reformaria a banda?”, perguntou o repórter. “Sim, eu farei”, respondeu.

Indie conservador
A declaração de Marr pode deixar um fã da banda particularmente magoado – o próprio Cameron, confesso admirador do indie rock. Por mais de uma vez, ele já havia declarado sua admiração pela banda. Em 2006, durante uma vista ao programa de rádio Desert Island Discs, o então líder da oposição escolheu a música grupo This Charming Man (do álbum inaugural The Smiths, 1984), como a sua sexta favorita em todos os tempos.

Cinco anos depois, Marr “proibiu” o premiê de participar do fã clube da banda. “Pare de dizer que você gosta dos Smiths, porque você não gosta. Eu o proíbo de gostar”, escreveu o guitarrista no Twitter.

Até mesmo seu desafeto, o vocalista Morrisey, concordou na época com o guitarrista, mesmo que por razões não ligadas à política. “David Cameron caça e atira em cervos – aparentemente por prazer. Não é o tipo de pessoa para quem (os discos) Meat Is Murder e The Queen Is Dead foram gravados; eles foram feitos como uma reação contra a violência”, escreveu o cantor em seu blog. Marr afirmou que tem mantido contatos esporádicos com Morrisey.

Rock x Política

O Reino Unido tem uma tradição de relações tortuosas entre seus premiês e suas bandas favoritas. O antecessor de Cameron, o trabalhista Gordon Brown, se dizia fã do Arctic Monkeys, mas em uma entrevista foi incapaz de citar uma única música do grupo. Já Tony Blair irritou os irmãos Liam e Noel Gallagher ao admitir ser fã do Oasis.

Opera Mundi

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