Diante de novas denúncias envolvendo governador de Goiás, Alvaro
Dias defende antecipação da depoimento à CPI do dia 12 para dia 5
O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), admitiu nesta sexta-feira
que o partido está sangrando com as denúncias que envolvem o governador
de Goiás, Marconi Perillo. Dias se referia à revelação de que um
assessor pessoal de Marconi pagou uma dívida da campanha de 2010 com
recursos de uma empresa de fachada do esquema do contraventor Carlos
Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, o jornalista Luiz
Carlos Bordoni disse que a Alberto e Pantoja, empresa fantasma que
segundo a Polícia Federal era controlada por Cachoeira, foi usada para
pagar serviços de publicidade que ele prestou para a campanha do
governador de Goiás. O pagamento de dívida, de R$ 45 mil, foi depositada
na conta de sua filha, Bruna, numa negociação comandada por Lúcio Fiúza
Gouthier, assessor especial de Perillo.
"É evidente que (o PSDB) fica (sangrando). Isso sangra qualquer
agremiação partidária. Nós temos que agir suprapartidariamente,
especialmente quando se trata de questão ética. Portanto, não se avaliza
a impunidade. Que se ofereça o direito à defesa, que o governador se
explique para que nós possamos julgar", afirmou Dias.
O senador tucano admite que a situação de Perillo "não é fácil". Por
isso, defende que se antecipe o depoimento do governador de Goiás à CPI
do Cachoeira para a próxima terça-feira, dia 5. A comissão havia
agendado a vinda dele para o dia 12, uma semana depois. O líder disse
que, mesmo sendo do PSDB, "o comportamento tem que ser implacável em
relação a eventuais delitos praticados".
Questionado se o PSDB mantém confiança em Perillo, Dias disse que essa é
uma decisão pessoal. "Há no partido os que mantêm confiança e os que
não mantêm. Da nossa parte, defendemos a prudência de ouvir o
governador, oferecer a ele espaço para as explicações, para que seja
duramente questionado e possa responder a todas as questões", ponderou.
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