O pior ministro da história do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes,
representou à Polícia Federal pedindo a abertura de investigação contra a
Wikipédia por estar reproduzindo denúncias contra ele apresentadas pela revista CartaCapital.
E
antecipou que vai solicitar ao Procurador-Geral da República, Roberto
Gurgel, uma investigação do uso de recursos públicos para financiamento
de blogues de conteúdo crítico ao governo e instituições do Estado.
Também o
PSDB anda incomodado com seus críticos virtuais: fez uma representação à
Procuradoria Geral Eleitoral, pedindo que investigue o blogue Conversa
Afiada (do Paulo Henrique Amorim) e o site Luís Nassif OnLine, pedras no
sapato de José Serra e sua combalida campanha para prefeito de São
Paulo.
Como
expressão do meu mais enfático repúdio a todas as tentativas de
implantação da censura na internet, reproduzo em seguida os trechos do
brilhante trabalho jornalítico de Leandro Fortes e Maurício Dias,
matéria de capa da edição 708 da CartaCapital, que tanto
incomodaram o contumaz discípulo de Torquemada (não só atuou como um
típico inquisidor no Caso Battisti, como agora quer colocar uma
reportagem jornalística no index...), O valerioduto abasteceu Gilmar.
Jamais tendo recebido um centavo sequer de publicidade por meus blogues,
estou imune a tais tentativas de intimidação.
...quando se iniciar o julgamento do chamado mensalão no Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes estará com sua toga ao lado dos dez colegas da corte. Seu protagonismo nesse episódio está mais do que evidenciado. Há cerca de um mês, o ministro tornou-se o assunto principal no País ao denunciar uma suposta pressão do ex-presidente Lula para que o STF aliviasse os petistas envolvidos no escândalo, bandidos, segundo a definição de Mendes.À época, imaginava-se que a maior preocupação do magistrado fosse a natureza de suas relações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira e o ex-senador Demóstenes Torres. Mas isso é o de menos. Gilmar Mendes tem muito mais a explicar sobre as menções a seu nome no valerioduto tucano, o esquema montado pelo publicitário Marcos Valério de Souza para abastecer a campanha à reeleição de Eduardo Azeredo ao governo de Minas Gerais em 1998 e que mais tarde serviria de modelo ao PT.
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