terça-feira, 21 de agosto de 2012

Marcos Valério pede asilo na embaixada do Equador


Marcos Valério pede asilo na embaixada do Equador
Joaquim Barbosa ameaçou colocar um sexteto para tocar música andina na porta da embaixada equatoriana até Marcos Valério ser liberado
QUITO - Antevendo sua condenação no julgamento do mensalão, o empresário mineiro Marcos Valério de Souza pediu asilo na embaixada do Equador em Brasília. O publicitário refugiou-se na embaixada no início do dia e, segundo informantes do piauí Herald, passou a manhã despachando pelo telefone com dirigentes de estatais e parlamentares da base aliada. "Estou numa suíte com hidromassagem", teria dito. E mandou um recado ao ex-tesoureiro do PT: "Diz pro Delúbio que a cama aqui é de viúva. Não tem espaço para nós dois. Ele que tente asilo na embaixada da Venezuela".
O ministro do STF Joaquim Barbosa, que na véspera havia votado pela condenação de Valério no mensalão, reagiu com impaciência. "Esse asilo me causa espécie. Aposto que tem o dedo do Lewandowski aí."
O embaixador do Equador no Brasil, Eduardo Mora-Anda, alegou a tradição democrática do seu país para justificar a decisão. "Valorizamos a liberdade de financiamento de campanhas eleitorais", afirmou em coletiva à imprensa.
O diplomata manifestou apreensão com a perspectiva de que outros réus do mensalão tomem o mesmo rumo. "Se ficar muito apertado, a gente manda construir um puxadinho", afirmou. "Já está tudo acertado com a construtora Delta."
No fim da manhã, a mulher do deputado João Paulo Cunha foi vista saindo com uma sacola pelos fundos da embaixada. Questionada por repórteres de plantão sobre o que tinha ido fazer ali, disse que fora levar uma quentinha.
No The i-Piauí Herald

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