quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Tese sobre a rejeição de Serra

Muito se fala sobre o índice cataclísmico de rejeição do eterno candidato a tudo. Das análises que vi nenhuma me pareceu errada, mas todas ignoraram o que me parece decisivo para esse crescimento súbito: a rejeição ao candidato a prefeito que não é candidato a prefeito, ao sujeito que está usando de novo a candidatura como trampolim. Parece-me que parte considerável dos potenciais eleitores de Serra acha inaceitável votar num sujeito que vai ocupar o cargo por alguns meses e depois renunciar e disputar a presidência de novo. Acredito seriamente que essa gente votaria, e votará, em Serra para presidente, mas não quer mais quatro anos de São Paulo sem prefeito.
Foi um erro fatal essa candidatura e não há volta, muito melhor teria feito o PSDB se tivesse lançado um daqueles desconhecidos. Com apoio da máquina municipal e estadual, de Kassab, Serra e Alckmin, é certo que mesmo perdendo o partido teria criado um novo nome em São Paulo e reforçado sua imagem. Com a derrota de Serra, seja quem for o vencedor, o PSDB dará um passo decisivo para se tornar mais um DEM.

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