Luciano Martins Costa, Observatório da
Imprensa
“Em meio ao tiroteio entre representantes
do Judiciário e do Congresso Nacional, alguns sinais de que a crise entre o
Legislativo e o Supremo Tribunal Federal pode ser amenizada nos próximos dias
por pura inércia. Na curiosa agenda da imprensa brasileira, os fins de semana
são propícios a certo esvaziamento de tensões, talvez porque os jornais não têm
jornalistas em número suficiente para manter plantões mais reforçados. Assim,
as declarações da sexta-feira costumam dar o tom geral até a terça-feira seguinte,
quando os repórteres colhem novas declarações e realimentam o velho teatro de
opiniões mutantes.
Curiosamente, é o Poder Executivo que sobe
ao palco para desarmar os espíritos, embora os jornais ainda apostem no
agravamento das controvérsias. O Globo é o mais explícito, ao anunciar em
manchete: “Confronto entre STF e Congresso se agrava”. Ainda mais curioso é o
fato de que os jornais tomam partido em favor da Suprema Corte com muito mais
empenho do que as entidades corporativas da magistratura, que mantêm discreto distanciamento
dos embates.
Esses movimentos indicam que a crise pode
se desvanecer como num passe de mágica, sem que nenhuma das partes tome
qualquer iniciativa – ou talvez por isso mesmo, apenas por inanição, ou seja,
por falta de declarações a serem colhidas e amplificadas pela imprensa.”
Artigo Completo, ::AQUI::
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