"Eu gosto da diplomacia do Lula porque
nem fala grosso com a Bolívia nem fala fino com os Estados Unidos",
definiu nos tempos do governo anterior o compositor carioca; fã de Chico
Buarque, presidente Dilma Rousseff pratica a seu modo essa doutrina; depois de
tratar respeitosamente com Evo Morales sobre a fuga do senador Roger Molina,
governo cobra explicações por escrito da administração Barack Obama sobre
espionagem nas mensagens eletrônicas da presidente; País junta provas para
fazer carga na ONU, exigindo legislação internacional dura; visita a Obama está
mantida para que ela possa apontar "olhos nos olhos" a vilania da
atitude americana; Chico enfrentou a ditadura com a inteligência; governo
procura usar mesma arma frente ao Big Brother
Olhos nos olhos, a presidente Dilma Rousseff está praticando o tipo de doutrina diplomática que o consagrado Chico Buarque de Hollanda resumiu, brilhantemente, em apenas uma frase. "Eu gosto da diplomacia do Lula porque nem fala grosso com a Bolívia nem fala fino com os Estados Unidos", disse ele, nos tempos do governo anterior.
Ao seu próprio modo, Dilma está seguindo por este caminho. Enquanto o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, manifestava o "inconformismo" do governo brasileiro sobre uma violação "inconcebível e inaceitável" praticada pelos Estados Unidos - a espionagem sobre os e-mails da presidente, ministros e assessores -, os gestos objetivos das autoridades foram coerentes ao discurso. E o que é ainda mais forte, não foram precipitados.
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