Salvo o noticiário especializado de negócios, ninguém noticiou a cerimônia de inauguração da fábrica de celulose mais moderna e sustentável do mundo, da Suzano, em Imperatriz, no Maranhão. Um investimento de R$ 6 bilhões, que criou 3500 empregos diretos, fora os indiretos.
Com um investimento deste tamanho, a convidada de honra foi a presidenta Dilma, que aproveitou a visita ao estado para outros compromissos do PAC 2 e participou desta inauguração.
Neste dia (quinta, 20), o Jornal Nacional deu o vexame de noticiar que a presidente Dilma foi ao Pará para falar "Eu queria saudar o deputado Asdrubal Bentes" e só, no meio da notícia em que o STF decidiu por sua prisão (veja nesta nota da Helena aqui).
Com esta fábrica, capaz de produzir 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano, a Suzano dá um salto na capacidade de produzir 1,92 milhões toneladas por ano para 3,42 milhões, o que a tornará a terceira maior fabricante de celulose do mundo.
A escolha de Imperatriz levou em conta a logística. Um ramal ferroviário sai de dentro da fábrica até a ferrovia Norte-Sul onde segue para o Porto de Itaqui, em excelente localização para exportar aos EUA e Europa, os mercados alvo desta fábrica, já que a Suzano desenvolveu tecnologia e ganhos de produtividade que a colocam entre os preços mais competitivos do mundo.
R$ 2,7 bilhões foram financiados pelo BNDES (e ainda tem gente, umas desinformadas, outras por má fé, falando que financiamento do Banco para empresas brasileiras exportarem bens e serviços para países da América Latina, como Cuba, fariam falta no Brasil. Mentira. O BNDES tem mais capacidade de emprestar no Brasil do que o empresariado tem de pegar todos os empréstimos disponíveis. Óbvio que se fizesse falta aqui, nem teria como emprestar para exportação).
O grupo Suzano faz 90 anos e mal inaugurou esta unidade do Maranhão, já planeja construir uma outra fábrica igual no Piauí para 2016.
A presidenta Dilma elogiou o empresariado que confia no país, como o Grupo Suzano, e não fica só reclamando como os pessimistas. E voltou a contar a estória do velho de Rastelo:
“O Brasil é fruto do otimismo. Porque nos Lusíadas, a obra que funda a língua portuguesa, ele conta o seguinte: estavam os nossos descobridores, nossos portugueses que vinham para o Brasil se preparando para embarcar e ao se preparar tinha um senhor idoso que falava, não vão, o navio vai afundar (…) Esse velho era conhecido como o Velho do Restelo. Então, o Brasil não é um país que pode aceitar o pessimismo, porque ele é fruto do imenso otimismo”.O vídeo institucional da Suzano sobre a fábrica de Imperatriz é este abaixo:
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