06/03/2014
Bob Fernandes
Eduardo Cunha (RJ), líder do PMDB e, dizem, líder de 200 na Câmara, ameaça a presidente Dilma. “Ameaça” com uma Convenção para rediscutir a aliança com o governo. São muitos os motivos, um deles a candidatura “Pezão” no Rio. Mas decisivo, e a real num ano eleitoral, é a grana não liberada de emendas parlamentares. Daí a sede de Cunha e seus 200.
Há 26 anos, em plena Constituinte, um dos PMDBs portava o DNA desse PMDB de Eduardo Cunha & cia. Era o PMDB de Orestes Quércia (SP), Newtão Cardoso (MG) e assemelhados. Aquele PMDB deu o 5º ano de mandato para o Sarney presidente. Aquele PMDB derrotou o PMDB de Ulysses Guimarães e Mário Covas.
O enfrentamento com o DNA desse PMDB de agora se deu em plena constituinte. Tendo Mario Covas como líder, nascia ali uma utopia, o PSDB. Nove anos depois, nova Convenção. Com tapas, murros e votos comprados, e contra Itamar, o PMDB de Padilha e Roriz apoiou a reeleição de Fernando Henrique e seu PSDB.
Indicado pelo líder no Senado, Jáder Barbalho, Renan Calheiros seria ministro da Justiça de Fernando Henrique. Jáder, que depois seria aliado do governo Lula. O jogo, o de sempre. José Dirceu queria o PMDB como grande aliado desde o começo. Lula se renderia de vez a esse PMDB em meio à crise do chamado “mensalão”. Esse PMDB segue sócio majoritário do governo. Um sócio cada vez mais esfomeado. Moralmente, um sócio cada vez menor, para não dizer algo pior.
Eduardo Cunha é a perfeita representação desse PMDB. É a cara desse PMDB. Dizia-se que Dilma não suportava Cunha. Dilma terminou por engoli-lo, no pior sentido. Agora se assiste o líder “ameaçar” com uma Convenção.
Eduardo Cunha e seus 200 “ameaçam” pular fora se o governo não ceder. Esse PMDB não negocia, sabem FHC, Lula e Dilma. Chantageia. Diz que se o governo não ceder, Cunha e os 200 saltarão para a candidatura de Aécio Neves. Se quiserem pular na canoa de Eduardo Campos, que já tem os Bornhausen, não deverão encontrar grande resistência. Sempre, claro, em nome da “governabilidade”.
O pessoal da política realista recomenda a Dilma: “Aceita que dói menos”. A turma do Aécio trabalha para ter esse PMDB. O pessoal de Campos espreita. Ulysses Guimarães foi anticandidato contra a ditadura, em 1974. Talvez pelas circunstâncias, o velho MDB conquistou um lugar honrado na história.
A lata de lixo da história espera por esse PMDB que aí está. Espera não só por esse partido, o PMDB, mas por tudo e todos que ele representa e simboliza na política. A hercúlea tarefa, que sabemos utópica, cabe ao eleitor.
Eduardo Cunha (RJ), líder do PMDB e, dizem, líder de 200 na Câmara, ameaça a presidente Dilma. “Ameaça” com uma Convenção para rediscutir a aliança com o governo. São muitos os motivos, um deles a candidatura “Pezão” no Rio. Mas decisivo, e a real num ano eleitoral, é a grana não liberada de emendas parlamentares. Daí a sede de Cunha e seus 200.
Há 26 anos, em plena Constituinte, um dos PMDBs portava o DNA desse PMDB de Eduardo Cunha & cia. Era o PMDB de Orestes Quércia (SP), Newtão Cardoso (MG) e assemelhados. Aquele PMDB deu o 5º ano de mandato para o Sarney presidente. Aquele PMDB derrotou o PMDB de Ulysses Guimarães e Mário Covas.
O enfrentamento com o DNA desse PMDB de agora se deu em plena constituinte. Tendo Mario Covas como líder, nascia ali uma utopia, o PSDB. Nove anos depois, nova Convenção. Com tapas, murros e votos comprados, e contra Itamar, o PMDB de Padilha e Roriz apoiou a reeleição de Fernando Henrique e seu PSDB.
Indicado pelo líder no Senado, Jáder Barbalho, Renan Calheiros seria ministro da Justiça de Fernando Henrique. Jáder, que depois seria aliado do governo Lula. O jogo, o de sempre. José Dirceu queria o PMDB como grande aliado desde o começo. Lula se renderia de vez a esse PMDB em meio à crise do chamado “mensalão”. Esse PMDB segue sócio majoritário do governo. Um sócio cada vez mais esfomeado. Moralmente, um sócio cada vez menor, para não dizer algo pior.
Eduardo Cunha é a perfeita representação desse PMDB. É a cara desse PMDB. Dizia-se que Dilma não suportava Cunha. Dilma terminou por engoli-lo, no pior sentido. Agora se assiste o líder “ameaçar” com uma Convenção.
Eduardo Cunha e seus 200 “ameaçam” pular fora se o governo não ceder. Esse PMDB não negocia, sabem FHC, Lula e Dilma. Chantageia. Diz que se o governo não ceder, Cunha e os 200 saltarão para a candidatura de Aécio Neves. Se quiserem pular na canoa de Eduardo Campos, que já tem os Bornhausen, não deverão encontrar grande resistência. Sempre, claro, em nome da “governabilidade”.
O pessoal da política realista recomenda a Dilma: “Aceita que dói menos”. A turma do Aécio trabalha para ter esse PMDB. O pessoal de Campos espreita. Ulysses Guimarães foi anticandidato contra a ditadura, em 1974. Talvez pelas circunstâncias, o velho MDB conquistou um lugar honrado na história.
A lata de lixo da história espera por esse PMDB que aí está. Espera não só por esse partido, o PMDB, mas por tudo e todos que ele representa e simboliza na política. A hercúlea tarefa, que sabemos utópica, cabe ao eleitor.
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