quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Brasil negocia a compra de sistema antiaéreo da Rússia

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Brasil negocia a compra de sistema antiaéreo da Rússia





















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Brasil negocia a compra de sistema antiaéreo da Rússia.
Tor-M2E é a mais recente geração de um sistema de defesa com mísseis terra-ar da Rússia; Chávez comprou um modelo mais antigo.
IGOR GIELOW
SECRETÁRIO DE REDAÇÃO DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Exército brasileiro negocia com o governo da Rússia a aquisição de um sistema de defesa antiaérea inédito no país. Se realizada, a compra mudará o Brasil de patamar em termos de capacidade de defesa, acrescentará temperatura ao processo de militarização da América Latina e poderá provocar reações em Washington.Uma comitiva brasileira esteve em agosto na Rússia para avaliar o sistema, o Tor-M2E. Uma equipe de dez técnicos russos irá expor mais detalhes de sua proposta em uma reunião hoje no Quartel-General do Exército, em Brasília.O Tor-M2E é a mais recente geração de um sistema de defesa com mísseis terra-ar desenvolvido na antiga União Soviética. É considerado o mais eficaz modelo em operação no mundo. Ele serve para abater aviões, helicópteros, armas de alta precisão e mísseis, usando radar. Sendo de curto alcance, visa proteger cidades e instalações estratégicas.Hoje, a defesa antiaérea quase inexiste no Brasil, sendo restrita a menos de 200 canhões com projeto dos anos 50, 112 lançadores portáteis russos Igla e alguns franceses Mistral. Não há meios para abater mísseis e, se um avião supersônico penetrar perigosamente o espaço aéreo brasileiro, irá ser confrontado apenas por aviões como o Mirage-2000 ou o F-5.
O diretor de Material do Exército, general Sinclair Mayer, confirma o interesse, mas diz que o negócio ainda está na fase das "tratativas" e que depende de recursos hoje inexistentes: "Como sabemos, nossas demandas de maior importância são grandes. Mas sim, do ponto de vista de defesa antiaérea, estamos desguarnecidos".
Sistema caro
O Tor é uma arma cara. Uma bateria completa, com quatro lançadores, um veículo de comando, carros de apoio, logística e mísseis não sai por menos de US$ 300 milhões (R$ 520 milhões). Mas como a tradicional anemia orçamentária militar brasileira está numa fase de reversão, envolvidos no processo acreditam que o dinheiro poderá aparecer via créditos adicionais ou financiamentos de longo prazo a serem incluídos no Orçamento. No projeto de lei do Orçamento enviado ao Congresso, só R$ 640 milhões dos R$ 24 bilhões destinados ao Comando do Exército são para investimentos.O exemplo mais recente dessa reversão foi o acordo militar com a França, no qual o Brasil comprará submarinos e helicópteros de Paris a um custo de mais de R$ 22,5 bilhões.Está na reta final também o negócio para a aquisição dos novos caças da FAB, 36 unidades a cerca de R$ 10 bilhões. Novamente, aqui os franceses com seu Rafale são os escolhidos pelo governo, como disse novamente ontem o ministro Nelson Jobim (Defesa) -embora os concorrentes sueco e americano ainda tentem reverter a decisão política.Do ponto de vista militar, dependendo de sua alocação, o sistema de mísseis mudaria o patamar de defesa aérea do Brasil, embora não altere o balanço estratégico regional. Uma dúzia de países usa modelos Tor. A Venezuela comprou 12 unidades duma versão anterior à oferecida ao Brasil, o Tor-M1, cujos primeiros lançadores serão entregues em 2010. O Chile já opera há mais tempo um sistema menos capaz, francês, para proteger suas bases aéreas.

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