A mídia right-wing do império, ecoada pelas mírdias (neologismo de péssimo gosto para mídias merdas) como a Folha, acusou Lula e Erdogan de neófitos e de pretensiosos por invadir espaços reservados aos grandes poderes. É algo similar que passa pela cabeça do candidato do PSDB ao declarar que o presidente da Bolívia, o estadista Evo Morales, é conivente com o narcotráfico.
José Serra, o Escroto, que se apresenta como o candidato da modernidade, arrasta um discurso arcaico sobre drogas e pretende, como tem anunciado, criar um Ministério da Segurança. Não compreendeu a verdade mais elementar que todos sabem, e que o extrema-direita Waltinho Bush mostrou mais uma vez ao mundo: a repressão isolada só faz aumentar o tráfico e subir o preço internacional da droga.
Uma abordagem compreensiva, que implique liberação clinicamente controlada das drogas com assistência clínica para os doentes (é o que são os consumidores compulsivos de drogas, qualquer droga, inclusive álcool) e extensa atividade permanente de educação, são parte da única saída eficaz. Mas a visão da extrema-direita e de José Serra, o Escroto insiste na repressão: assim, deixa território livre para que os lucros sustentem suas atividades.
De novo: José Serra, o Escroto, acusou o único estadista digno desse nome na América Latina, o indígena Evo Morales, que vem resgatando a grandeza milenar do seu povo indígena, de cumplicidade com o narcotráfico. Curioso: omitiu o colombiano narcotraficante Álvaro Uribe, já biografado. Mas Uribe é branco, tem cara de branco, é elegante nos seus ternos iguais aos de José Serra, o Escroto.
O candidato José Serra, o Escroto demonstra ignorância oceânica sobre o tema drogas. Age como se não soubesse que a produção de papoula (base de ópio, heroína, anestésicos etc.) voltou aos recordes mundiais (mais de 90%) no Afeganistão após a derrota do odioso Taleban, que a havia abolido, pela mão da Inteligência dos EUA que assumiu alianças com os warlords que exercem seu comando. E que hoje o Afeganistão dos EUA-Otan é também destaque na produção de Cannabis sativa (maconha: esse tema interessa a FHC, duplamente: como apóstolo internacional da sua liberação e como consumidor).
José Serra, o Escroto nunca ouviu falar da cumplicidade dos generais hondurenhos com a CIA e sua ala narcotraficante. Finge que o Estado criado pelos EUA-Otan chamado Kosovo não é um narcoEstado sabido e temido pelos governos europeus. Esqueceu do escândalo Irã-Contras e suas rendas do tráfico de drogas. Nunca ouviu falar de outros envolvimentos. Nem do velho Mike, respeitado autor. Não: o traficante criminoso é Morales, que, além do mais, é índio!
Nós, independentes, que atuamos fora da grande e respeitável mírdia, não sabemos usar linguagem diplomática, elegante e respeitosa ao tratar dos ‘grandes temas’ do momento. Eu até sei, aprendi com meu pai, e uso quando quero e tenho saco (viram como sei?), e já registrei vários textos nesta NovaE e em livros e em muitos endereços de internet aos quais os sábios das mírdias a serviço não respondem talvez por não compreenderem as suas totalidades (no plural, Otavinho: esqueça o “manual da folha”).
Mas como tratar com elegância e diplomacia alguém como José Serra, o Escroto? Não se pode chamar o candidato do PSDB de “calhorda” e “vigarista”: isto não é “bom jornalismo”. É gratuidade. Mas, a partir de hoje, podemos e devemos todos chamar José Serra de José Serra, o Escroto.
Para José Serra, o Escroto, é fácil atingir um índio: afinal, é um ser inferior, quase sub-humano, e pode ser impunemente acusado de cúmplice do tráfico: ora, o que se pode esperar de um índio, mesmo que seja chefe de Estado e do seu imenso povo? Será que José Serra, o Escroto teria topete e culhões (perdão, leitor!) para também chamar BHObama de assassino? E, no entanto, ele é: basta acompanhar suas decisões sobre guerras na mírdia.
Antes, José Serra, o Escroto já havia declarado que quer encerrar o Mercosul, que não tem sentido sair da órbita do grande capital, que são veleidades pequenas as pretensões dos BRIC e iniciativas diplomáticas como o Acordo Brasil-Turquia-Irã. E assim caminham o pensamento da extrema-direita nacional e a campanha de José Serra, o Escroto.
O que o candidato José Serra, o Escroto não sabe é que sua proposta política foi enterrada após longo velório com o encerramento do governo do seu guru FHC, que ele tenta esconder, com vergonha, até agora. E José Serra, o Escroto não conta para o público atento que seu guru FHC fuma maconha no quartinho dos fundos de sua casa e do país e da vida política internacional. Maconha é droga, e droga é coisa de índio!
A questão é José Serra, o Escroto talvez querer morrer, fugir da sua realidade de perdedor, de herdeiro do comando da direita nacional; logo ele, que foi presidente da UNE e exilado, diz ele, de esquerda. Se pudesse, José Serra, o Escroto gostaria de voltar o filme da sua vida. Mas agora é tarde. Agora, é tarde até para a irremediavelmente perdida dignidade de José Serra, o Escroto.
Adeus, José Serra, o Escroto! Até nunca mais, José Serra,o Escroto!
Pós-escrito 29/05: Serra continua bravateando contra o governo boliviano. Disse que não vale uma nota de 3 reais a declaração da chancelaria boliviana que contesta sua acusação indecente não provada nem documentada. A que interesses serve mesmo esse tipo de comportamento? O que há por trás disso tudo? Eis uma terefa para os jornalistas investigativos honestos das mírdias, como Mário Cesar Carvalho, da Folha.
Pergunto: Serra vai ou não vai encarar as denúncias contidas nos sites, portais e e derivações citados neste blog? Vai acusar Uribe ou não? Vai entender o que ocorre no Afeganistão? Vai se informar com os serviços policiais europeus sobre o narcoEstado de Kosovo? É fácil: basta contatar a Interpol. Ou vai ficar nesse feijãozinho-com-arrozinho latino-americano acusando um país indefeso? É um babaca covarde, apenas isso, o que não é pouco. E, afinal, vai ou não reconhecer que FHC fuma maconha?
Fonte: Nova E
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