domingo, 30 de maio de 2010

RIO: BC inicia revitalização da Zona Portuária

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Instituição construirá novo centro de distribuição de dinheiro na Gamboa. Antigo prédio vai virar museu

Ludmilla de Lima – O GLOBO

O primeiro passo para a revitalização da Zona Portuária será dado pelo Banco Central, que irá transferir parte de suas atividades no Rio para um terreno da instituição na área da Gamboa. O edital de licitação da construção do novo prédio, que abrigará o Departamento de Meio Circulante, maior centro de distribuição de dinheiro do país, foi publicado ontem no Diário Oficial da União. O presidente em exercício do BC, Alexandre Tombini, entregou ontem, em um gesto simbólico, o edital da obra para o prefeito Eduardo Paes, em encontro no Palácio da Cidade.

A instituição não divulgou os custos do projeto, mas adiantou que o processo de licitação deve durar entre 90 e 120 dias, com a construção sendo iniciada em seguida. O prazo estimado para a obra é de dois anos e seis meses.

Serão 30 mil metros quadrados de área construída, que abrigará cerca de 350 funcionários e profissionais terceirizados que hoje atuam no edifício centenário do BC na esquina da Avenida Rio Branco com a Rua Visconde de Inhaúma.

O prédio histórico, um dos primeiros a serem erguidos na antiga Avenida Central, aberta na reforma urbanística do prefeito Pereira Passos, no início do século 20, será transformado em museu do dinheiro.

— O projeto combina a revitalização da Zona Portuária do Rio e a nossa confirmação de continuar fazendo do Rio um centro de distribuição e produção de monetário para o país — disse Tombini.

O novo prédio, na Rua Rivadávia Corrêa, próximo à Cidade do Samba, terá dois pavimentos, sendo que os locais para a guarda e manutenção do dinheiro terão pés direitos mais altos. A construção inclui também espaço cultural, áreas para bancos, comércio e restaurantes, salas de aula e um auditório com 400 lugares. O projeto segue a linha ecologicamente correta, por preservar a vegetação nativa e os contornos do terreno e incluir sistemas de reaproveitamento de água, esgoto à vácuo e refrigeração a ar.

Segundo o diretor de Administração do BC, Anthero Meirelles, a mudança do coração financeiro da cidade para a Zona Portuária é estratégica, tanto por questões de segurança, quanto pelas facilidades de acesso, que favorecem a logística de distribuição de dinheiro para o país.

— O projeto faz parte da estratégia do Banco Central de modernização de suas instalações, ampliação da segurança, redução de custos e melhora da logística, na medida em que a gente distribui dinheiro para um país da dimensão do Brasil — explicou o diretor.

Eduardo Paes disse que o projeto é a primeira decisão concreta de investimento por parte de uma instituição na Zona Portuária: — É uma iniciativa que ajuda a animar esse processo de revitalização, que vai demorar muitos anos. Estamos com uma série de iniciativas para ir avançando. Em cinco a dez anos teremos aquela região completamente recuperada.

Pinacoteca e museu no caminho do Porto

Iniciativas buscam transformar o Píer Mauá em um grande centro de cultura e lazer

Durante o encontro com o presidente em exercício do banco Central, Alexandre Tombini, ontem, o prefeito Eduardo Paes adiantou que na próxima terça-feira irá lançar o projeto da Pinacoteca do Estado do Rio, na Praça Mauá. E até o final de junho será apresentado pelo prefeito o trabalho do arquiteto espanhol Santiago Calatrava para o Museu do Amanhã, que será erguido no Píer Mauá. A ideia é transformar a área em um grande centro de lazer. Os dois empreendimentos estão inseridos no processo de revitalização da Zona Portuária do Rio, anunciado em junho do ano passado como Porto Maravilha.

O plano de mudanças para a área do Porto inclui a reestruturação do sistema viário, com novos acessos e urbanização de vias, e a construção de empreendimentos residenciais, comerciais e de entretenimento, que deve ser incentivada por um projeto de lei, sancionado pelo prefeito no ano passado, que permite a construção de edifícios de até 50 andares em determinados trechos.

No início do mês, os planos de mudar a cara da região ganharam novo impulso com a divulgação da proposta da prefeitura de transferir da Barra da Tijuca para a Zona Portuária parte das instalações esportivas e de apoio dos Jogos Olímpicos de 2016. A ideia, batizada de Porto Olímpico e apresentado ao Comitê Olímpico Internacional (COI), prevê a construção de parte da Vila de Mídia, de dois centros de mídia impressa e de televisão.

Outra iniciativa do município para alavancar a região é a criação do Instituto Rio 2016, que funcionará na escola de samba Unidos do Porto da Pedra, na Zona Portuária.

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Praça Mauá

Projeto prevê linha circular no Centro do Rio

Plano de fechamento da Rio Branco fica pronto em 10 dias

Ludmilla de Lima

O projeto da prefeitura para a Avenida Rio Branco, que será fechada para carros e ônibus a partir do dia 26 de junho, será apresentado oficialmente pelo prefeito Eduardo Paes dentro de dez dias, quando mostrará os detalhes da proposta. Será o primeiro passo para transformar a via em um parque urbano, com dois milhões de metros quadrados, só para pedestres. Ele chamou de artificiais as polêmicas criadas em torno da ideia e garantiu que a medida irá melhorar “brutalmente” o trânsito no Centro da cidade.

— A grande transformação que o fechamento vai trazer é poder tirar aquela quantidade absurda e escandalosa de ônibus passando pela principal via da cidade — destacou.

Paes também afirmou que a mudança na Rio Branco não prejudicará a população: — O que eu posso garantir é que não há hipótese da população ter qualquer desconforto.

Ao contrário. A única linha que vai passar pelo miolo do Centro é uma linha circular que vai se integrar com todas as outras linhas de ônibus que chegam — disse o prefeito.

A estimativa imediata é de que 115 linhas de ônibus que circulam pela Rio Branco sejam redistribuídas pela prefeitura.

Postado por Luis Favre
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Do Blog do Favre.

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