Saiu hoje na coluna de Mônica Bergamo, na Folha:
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Cabo eleitoral
É
Dilma Rousseff, e não Lula, o personagem que preocupa a campanha de
José Serra (PSDB-SP) em SP. Na análise da equipe tucana, o ex-presidente
pode levar seu candidato, Fernando Haddad, a um patamar de até 40% dos
votos. Mas tem teto na cidade, onde nunca venceu eleição. Já Dilma
poderia fazer a diferença na classe média.
Cabo 2
E
a estratégia do PT para tentar reverter o favoritismo de Serra será
mesmo esta: usar a imagem de Lula à exaustão no primeiro turno. E, caso
chegue ao segundo, colar Haddad em Dilma, que então entraria na
campanha.
Primeira vez
Será o primeiro teste de Dilma na transferência de prestígio eleitoral. Segundo o Datafolha, 31% dos paulistanos votariam em quem ela indicasse; 44% seguiriam Lula, 31%, Alckmin - e só 14%, Gilberto Kassab.
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Intrigas e cizânias na base governista
Isto explica porque os tucanos, sempre amparados pela mídia, têm feito
tanto esforço para silenciar Lula e para estimular a cisão entre os
partidos da base de apoio do governo Dilma. Alguns “calunistas” só
faltaram torcer para que o ex-presidente voltasse a perder a voz e fosse
novamente internado. Já as divergências na base de governista ganharam
enorme repercussão na mídia.
Velhas críticas a partidos pragmáticos, como o PR de Valdemar Costa
Neto e o PP de Paulo Maluf, até desapareceram das colunas de alguns
jornalões. Antes, na base de sustentação da presidenta Dilma, eles eram
fuzilados como fisiológicos. Agora, quando anunciam apoio ao eterno
candidato José Serra, eles são poupados. Somam-se aos “éticos” do PSDB,
do DEM e do PSD!
A "mão pesada" da mídia tucana
O estímulo à cizânia beira o ridículo. Na mesma Folha serrista, o
colunista Rogério Gentile até apela ao machismo. “Lula e o PT têm
tratado Marta Suplicy como se a ex-prefeita de São Paulo fosse uma dona
de casa dos anos 30. Marta, faça um café para o senhor Haddad. Marta,
guarde o paletó do senhor Haddad. Marta, distribua uns panfletos para a
campanha do senhor Haddad”.
Na mesma linha da intriga, Eliane Cantanhêde critica a “mão pesada” do
PT, que vetou a candidatura de João Costa à reeleição em Recife. Para a
colunista da “massa cheirosa”, a esquerda é autoritária. Já o PSDB pode
transformar “numa palhaçada” – segundo uma militante tucana bem
conhecida na redação da Folha – as prévias internas da sigla para
garantir a vitória de José Serra.
De fato, o medo produz qualquer tipo de argumento!
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