quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Distorções em pesquisas eleitorais nas mãos da PF

Em São Paulo, o Datafolha ficou sozinho, apontando uma vantagem de seis pontos de José Serra (esq.) sobre Fernando Haddad; em Curitiba, Rafael Greca (dir.) vem sendo ignorado pelos institutos e um pesquisador da Vox Populi foi flagrado entrevistando um funcionário do comitê do prefeito Luciano Ducci; manipulações em pesquisas, ajustadas apenas na reta final, são ainda um câncer na democracia brasileira

Brasil 247
Nas eleições presidenciais de 2010, foi inesquecível a entrevista do dono do Ibope, Carlos Augusto Montenegro, às páginas amarelas da revista Veja: “Lula não fará seu sucessor”. Ele afirmava que o teto de Dilma seria de 15% a 20% e, como se sabe, ela é hoje presidente da República.
Institutos de pesquisa têm hoje um bom álibi para seus erros nas fases iniciais do processo eleitoral. Como não se trata de uma ciência exata – e é possível “operar” as margens de erro, em geral de três pontos percentuais – muitas vezes são feitos ajustes para favorecer os candidatos aos quais os institutos são ligados, nem sempre de forma transparente.
Nas eleições atuais, dois casos chamam atenção. Em São Paulo, o ex-governador e ex-prefeito José Serra apareceu no Datafolha, com 21% contra 15% de Fernando Haddad, numa surpreendente arrancada, após várias semanas de queda. Ocorre que outros dois institutos, o Vox Populi e o Ibope apontaram resultados divergentes e praticamente iguais – em ambos, Fernando Haddad, do PT, tem 18% e o tucano José Serra vem em seguida com 17%.
Em Curitiba, a situação parece ser ainda mais grave. O prefeito Luciano Ducci, do PSB, que tem ainda o apoio do governo estadual, mas vinha sendo mal avaliado, de repente dispara e começa a polarizar a eleição com o candidato Ratinho Júnior – uma espécie de Celso Russomano paranaense, que atrai os votos da nova classe média e do lumpesinato.”
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