“Em São Paulo, o Datafolha ficou sozinho, apontando
uma vantagem de seis pontos de José Serra (esq.) sobre Fernando Haddad; em
Curitiba, Rafael Greca (dir.) vem sendo ignorado pelos institutos e um
pesquisador da Vox Populi foi flagrado entrevistando um funcionário do comitê
do prefeito Luciano Ducci; manipulações em pesquisas, ajustadas apenas na reta
final, são ainda um câncer na democracia brasileira
Brasil 247
Nas eleições presidenciais de 2010, foi
inesquecível a entrevista do dono do Ibope, Carlos Augusto Montenegro, às
páginas amarelas da revista Veja: “Lula não fará seu sucessor”. Ele afirmava
que o teto de Dilma seria de 15% a 20% e, como se sabe, ela é hoje presidente
da República.
Institutos de pesquisa têm hoje um bom
álibi para seus erros nas fases iniciais do processo eleitoral. Como não se
trata de uma ciência exata – e é possível “operar” as margens de erro, em geral
de três pontos percentuais – muitas vezes são feitos ajustes para favorecer os
candidatos aos quais os institutos são ligados, nem sempre de forma
transparente.
Nas eleições atuais, dois casos chamam
atenção. Em São Paulo,
o ex-governador e ex-prefeito José Serra apareceu no Datafolha, com 21% contra
15% de Fernando Haddad, numa surpreendente arrancada, após várias semanas de
queda. Ocorre que outros dois institutos, o Vox Populi e o Ibope apontaram
resultados divergentes e praticamente iguais – em ambos, Fernando Haddad, do
PT, tem 18% e o tucano José Serra vem em seguida com 17%.
Em Curitiba, a situação parece ser ainda
mais grave. O prefeito Luciano Ducci, do PSB, que tem ainda o apoio do governo
estadual, mas vinha sendo mal avaliado, de repente dispara e começa a polarizar
a eleição com o candidato Ratinho Júnior – uma espécie de Celso Russomano
paranaense, que atrai os votos da nova classe média e do lumpesinato.”
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