Eduardo Guimarães, Blog da Cidadania
“Se houvesse que definir em uma única
palavra o desempenho do ministro Joaquim Barbosa no julgamento do mensalão, a
palavra seria “tragédia”. Antes de explicar as razões objetivas de tal
afirmação, porém, haverá que explanar sobre suas razões subjetivas.
Subjetivamente, Joaquim Barbosa é um
símbolo em uma Corte
desde sempre marcada por um preconceito racial que até 2003 impediu que um
negro ocupasse uma das cadeiras de ministro do Supremo em um país que, segundo
o IBGE, tem maioria afrodescendente.
Barbosa era a esperança dessa maioria
esmagadora da população que com ele divide traços físicos africanos, a
esperança de que, alçado a um posto de tal importância, fosse um exemplo de
capacidade e de seriedade, desfazendo os mitos raciais que conspurcam este
país.
Na sessão de quarta-feira 26 do julgamento
do mensalão, no entanto, Barbosa mergulhou de tal forma na insensatez que até
os cães hidrófobos da Veja, bem como o resto da máfia demo-tucano-midiática,
teve que reconhecer seus excessos.
Não é pouco. Barbosa perdeu de tal forma a
capacidade de autocensura, estimulado pela popularidade fácil que a mídia está
lhe construindo em certo setor da sociedade, que até pares que com ele vêm dividindo
esse papel lamentável de linchador houveram por bem revelar-se vexados.
A acusação descabida do “vingador negro” da
Suprema Corte de Justiça – onde não cabem vinganças – ao ministro Ricardo
Lewandowski de que estaria fazendo “vistas grossas”, mobilizou seus pares a fim
de rogar comedimento.”
Artigo Completo, ::AQUI::
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