ABAIXo, a íntegra do pronunciamento desta quarta-feira (24).
Sr Presidente,
Quero aqui fazer uma fala referente ao
clima e ao humor que a imprensa do Brasil assumiu nos últimos tempos em
relação ao Governo Federal.
Assistimos a uma tentativa de criar um
clima de instabilidade econômica e política no País. Refiro-me à chamada
inflação do tomate, que foi usada por economistas e por gente da mídia.
Inclusive uma decadente dondoca da Globo botou um colar de tomates para
falar do preço do tomate. Espero que daqui a alguns dias ela ponha uma
melancia na cabeça para ver se aparece melhor. O azar desse grupo é que o
tomate já caiu de preço.
Essas pessoas estão apostando na
inflação, esse partido da inflação está funcionando. Tanto que alguns
discursos da oposição, como o desespero de alguns comentaristas
políticos de oposição, insistem em criar um clima de insegurança ou de
abrir e armar um debate político nessa base da questão econômica, estão
quebrando a cara.
O Governo tem instrumentos para superar essa situação e não vai ser com
essas medidas que irão desestabilizá-lo ou criar um clima para favorecer
candidaturas de oposição, que se lançam aproveitando essas
possibilidades. Até porque me estranha muito quem faz política apostando
no mal. Não acredito que seja boa coisa alguém fazer política pensando
no mal dos outros. Fazer política imaginando que o outro vai se dar mal.
A gente tem que fazer política pensando no bem do povo, no bem do País
como um todo, e até fazer a crítica, mas pensando no bem da população.
O
que nós estamos vendo é um ato conservador, atrasado e de completa
ausência política. E, como vimos, comemoraram há poucos dias uma vitória
na Venezuela. O candidato da esquerda ganhou, mas parece aqui no Brasil
que perdeu. O que vemos, na realidade, é uma direita — que aqui no
Brasil ainda está um pouco acuada, extremamente autoritária e ansiosa
para golpear a democracia.
O Governo está indo bem. A população no
Brasil sabe disso. Enfrentamos dificuldades no plano internacional, mas
temos o controle da economia no País, estamos avançando na democracia.
Quem tem saudade dos períodos reacionários da ditadura naturalmente vive
de saudade. E eu acho que saudade é um sentimento que a gente cultiva,
mas não leva adiante a vida. Temos que olhar para o futuro, olhar para
frente. Aqueles que estão mergulhados e perdidos no passado têm que
pôr-se em alerta, porque o dia nasce; o sol nasce a cada dia, e a vida
se renova, a vida se reconstrói. Até com a morte, que vem para todos
nós, a vida se reconstrói.
É por isso que a gente aproveita e
aponta um momento como este, para mais uma vez agradecer ao povo deste
País. O povo brasileiro não tem entrado nesse discurso derrotista,
pessimista que a Rede Globo está fazendo correntemente quanto à
inflação.
Hoje é a inflação do sanduíche; ontem
era a inflação do tomate. O que é isso? Na verdade, tem a ver com isto: a
Globo tinha 60% da verba do Governo em 2003, mas, hoje, está com 44% da
verba. Está aí o mau humor da Rede Globo: está perdendo, porque perdeu
audiência, perdeu importância na
comunicação no Brasil e, naturalmente, perdeu apoio financeiro da
publicidade oficial. Daí essa insatisfação, essa raiva e essa tentativa
de criar um mal-estar e um constrangimento para o Governo da Presidenta
Dilma, mas não vai conseguir.
O povo brasileiro é mais sábio do que
esses filósofos de plantão que não compreendem que este país vive uma
revolução de crescimento, de cidadania e de democracia, conduzida pelas
experiências do Governo do Presidente Lula e agora da Presidenta Dilma.
Este é um grande momento da vida deste País, deste continente, do qual
nós nos orgulhamos de participar.
Fernando Ferro - PT/PE
Um comentário:
Depois que li "Minha Razão de Viver" do Samuel Wayner e "Chatô, o rei do Brasil" de Fernando Morais, deixei de acreditar na imprensa, falada ou escrita. A TV, então, interessa-me apenas as imagens. Mas gostei do seu blog e das suas idéias. Parabéns!
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