terça-feira, 16 de abril de 2013

Lula critica EUA por apoio à recontagem de votos na Venezuela

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff nesta segunda (15), em seminário do PT em Belo Horizonte (Foto: Pedro Triginelli/G1)
'Vira e mexe os americanos cismam em contestar uma eleição', disse. Em seminário do PT, ex-presidente pediu salva de palmas para Maduro.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta segunda-feira (15) o apoio dos Estados Unidos à recontagem de votos na eleição presidencial da Venezuela. O resultado, que deu vitória apertada a Nicolás Maduro, herdeiro político de Hugo Chávez (1954-2013), foi contestado pelo candidato adversário, Henrique Capriles.

Nesta segunda, a Casa Branca disse que uma auditoria seria um passo "importante, prudente e necessário para assegurar que todos os venezuelanos tenham confiança nestes resultados".

Durante um seminário do PT em Belo Horizonte, ao lado da presidente Dilma Rousseff, Lula disse que "vira e mexe os americanos cismam em contestar uma eleição".

"É muito engraçado porque, com todo respeito que eu tenho pelos americanos e, certamente, a diplomacia não permite que no exercício do mandato a gente diga todas as coisas que quer, mas como ex-presidente a gente pode dizer porque vira e mexe os americanos cismam em contestar uma eleição. [...] Por que eles [americanos] não se preocupam um pouco com eles e deixam que a gente decida o nossso destino?", alfinetou.

Antes, Lula pediu uma salva de palmas para Maduro, pedido prontamente atendido pelos políticos e militantes petistas que lotaram auditório na região central da capital mineira.

A auditoria nas eleições venezuelanas foi pedida pela oposição, após a vitória apertada de Maduro sobre Capriles, que pediu que o Conselho Nacional Eleitoral não proclame o chavista presidente antes da recontagem de votos.

EUA e Venezuela mantinham uma relação de rivalidade desde a subida de Chávez ao poder, em 1998, e Maduro, como presidente interino após o afastamento e a morte de Chávez, continuou com o discurso anti-americano, apesar dos laços comerciais entre os dois países.

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