domingo, 8 de setembro de 2013

Jornal não 'concordou' com o golpe, promoveu-o


Mauro Malin, Observatório da Imprensa
 
“Um primeiro e essencial desacordo com o texto de autoindulgência publicado no O Globo de 1º de setembro (leia aqui) diz respeito a uma falácia quanto à participação do jornal no movimento que levou ao golpe de Estado de 1964. Está escrito que o O Globo “concordou com a intervenção dos militares”. Não é verdade. Embora outros tivessem muito mais prestígio e influência – como, por exemplo, o Jornal do Brasil, o Correio da Manhã e o O Jornal, no Rio de Janeiro, e o O Estado de S. Paulo, na Pauliceia –, o jornal da Rua Irineu Marinho foi um dos incentivadores do movimento golpista. Não “concordou”. Promoveu.
Registra Carlos Chagas no precioso O Brasil sem retoque: A História contada por jornais e jornalistas, 1808-1964, vol. II, página 1.052, que no início de 1964 Roberto Marinho passa a frequentar a casa do general Humberto de Alencar Castelo Branco, então chefe do Estado-Maior do Exército, assim como faziam outros conspiradores, nomeadamente os deputados udenistas Bilac Pinto e Aliomar Baleeiro.
Castelo era historicamente um oficial legalista. Relutou muito em se incorporar ao movimento conspiratório, que tinha no proprietário do O Estado de S. Paulo, Júlio de Mesquita Filho, um de seus mais influentes chefes civis. É relativamente conhecido o documento com diretivas para um governo ditatorial escrito por Mesquita. Chagas cita-o longamente. “
Artigo Completo, ::AQUI::

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