Do jornal GGN - seg, 17/03/2014 - 14:24
Sugerido por Marco St.
Da Istoé
A Copa do Mundo movimenta toda a economia e gera 14 milhões de vagas nos últimos quatro anos
Um time de 14,4 milhões de pessoas,
capaz de encher 180 Maracanãs. Essa é a estimativa de especialistas da
Fundação Getulio Vargas (FGV) e da consultoria internacional
Ernst&Young para os empregos remunerados, permanentes e
temporários, gerados nos últimos quatro anos pela Copa do Mundo. O
gigantismo dos números mostra a força do futebol fora do campo que
movimenta indústria, comércio, turismo, construção civil,
telecomunicações e serviços. Até o início do evento, em 12 de junho,
surgirão mais de 53 mil vagas, segundo o Comitê Organizador Local (COL).
“O cronograma de contratações varia de acordo com
a área, aumentando de forma gradativa e tendo como pico os meses de
maio e junho”, diz Sandro Cabete, gerente-geral de recursos humanos do
COL.
Só não vai ter vaga para tradutor de discursos oficiais na cerimônia de abertura,
em São Paulo. Para evitar vaias, o presidente da Fifa, Joseph Blatter,
avisou que ele e a presidenta Dilma Rousseff não falarão ao público na
ocasião. Nessa reta final, o maior número de contratações será feito
pelo próprio COL, cerca de 27 mil. Entre os recrutados, 20 mil
seguranças, dois mil motoristas e 12 mil profissionais para o setor de
alimentação e recepção nos 12 estádios-sede. “Não é preciso qualificação
nem experiência, basta ter 18 anos ou mais. Se for para recepcionar o
púbico é exigido um segundo idioma”, explica Ana Luísa Pinheiro,
diretora da CSM Catering, empresa contratada pela Fifa.
Para outras posições, porém, exige-se boa formação e prática. O hospital Samaritano, em Botafogo, zona sul do Rio,
por exemplo, contratou telefonistas bilíngues e uma especialista em
atendimento, Melissa Muller, 34 anos. Ela trabalha em hotelaria e, após
uma década na rede internacional de hotéis Pestana, agora é gestora de
atendimento do hospital. “É gratificante participar de um evento mágico
como a Copa, assim como poder incentivar a equipe a aprimorar seus
conhecimentos para essa troca de experiência com gente do mundo todo”,
diz Melissa, que fala cinco idiomas. De certa forma, o jogo já começou:
restam poucos ingressos para os jogos. Na última rodada de vendas,
aberta na quarta-feira 12, quase 300 mil tíquetes foram vendidos.
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