sexta-feira, 21 de março de 2014

Por que a Petrobrás não é bala de prata contra Dilma

Não é a bala de prata contra Dilma
/ Diário do Centro do Mundo

A oposição vai explorar o caso Petrobras ao máximo para ver se consegue abalar o que parece ser uma segura caminhada de Dilma rumo ao segundo mandato.

É do jogo. O PT faria o mesmo se as posições estivessem invertidas. A única diferença, aqui, é que a mídia pouparia seus amigos, se fosse o PSDB no poder.

Mas quem acredita que o caso pode ser a bala de prata contra Dilma acredita, como disse Wellington, em tudo.

Dilma balançou em junho, quando as ruas gritaram sua insatisfação. Mas em sua extrema fraqueza a oposição não conseguiu capitalizar nada.

Quase um ano depois, Dilma, como mostram as pesquisas, andou para a frente. Os candidatos da oposição, em compensação, se movimentaram como caranguejos.

O último Ibope mostra isso. Aécio, depois de implorar um papo com os brasileiros, teve um choque de realidade: ninguém está interessado em sua conversa mole.

Eduardo Campos saiu do nada, quando se declarou candidato, para chegar a menos que nada, às vésperas da campanha.

Pelos últimos resultados, será difícil ele evitar a pressão para que a cabeça de chapa do PSB seja Marina.

Uma votação vergonhosa em 2014 pode comprometer seu futuro, e ele é relativamente jovem.

Marina 2014 é menos interessante que a versão de 2010. A aura verde e moderna  de então foi, em parte, substituída pela carolagem evangélica retrógrada de agora.

Fora isso, Marina continua com uma extrema dificuldade em se manifestar com clareza, e isso vai virando motivo de piada. Seu programatismo é anedótico, confrontado com o pragmatismo que ela – acertadamente — atribui ao PT.

Se havia em junho alguma expectativa de que ela poderia sair realmente forte e competitiva dos protestos, nove meses depois sabe-se que isso simplesmente não ocorreu.

Marina, para os manifestantes, é mais do mesmo.

Tudo isso considerado, é vital que o episódio da Petrobras seja cabalmente esclarecido.

O Brasil precisa, no Congresso e não só nele, de um choque de transparência.
A falta de transparência leva as informações relevantes a ficarem em poucas mãos no Congresso, e isso facilita chantagens como a promovida pelo Blocão.

É triste constatar isso, mas se os desejos dos integrantes do Blocão tivessem sido saciados, não saberíamos que a Petrobras fez uma compra tão desastrada em Pasadena, Texas.

Alguma coisa funcionou terrivelmente mal na análise do negócio, e a sociedade tem que saber, nos detalhes, o que foi.

Mas imaginar que o caso vai ressuscitar candidaturas mortas em vida, como a de Aécio e a de Campos, pertence, definitivamente, à categoria de coisas consagrada por Wellington. Quem acredita nelas acredita em tudo."

4 comentários:

Pedro Jacintho disse...

Este texto é flagrante sobre o que essa gente da oposição pensa sobre a economia nacional. Se perguntar para qualquer pessoa neste país se eles acham a gasolina barata vão dizer justamente o contrário, que é muto cara, no entanto o artigo diz que a mesma já deveria ser muito mais cara, ou seja a Petrobrás está sendo usada pelo governo para segurar a inflação. Aí eu pergunto meus amigos leitores, então quer dizer que se o PSDB tivesse governando este país, a Petrobrás já estaria privatizada e a gasolina estaria talvez no patamar de 4 reais e a inflação em num patamar de 15%. E mais acusam o governo atual de fazer política de conteúdo nacional, isto é as compras para as estatais seriam de empresas de fora do país gerando emprego portanto lá fora, logo podemos deduzir que o desemprego que está no patamar de 5%, então estaria para os padrões da oposição em 12% ou mais. Em fim está na cara que esta gente não pensa na gente, querem que sejamos eternamente servos do capital estranheiro, isto é, não acham que podemos vencer dificuldades tecnológicas, muito pelo contrário devemos nos entregar literalmente ao imediatismo do capital. Com esta política do conteúdo nacional já voltamos, vejam bem, éramos um dos maiores na indústria naval e por conta destes entreguistas ficamos a merce das importações e das variações do mercado internacional para atender nossa própria demanda e agora estamos lutando e conseguindo voltar ao topo desta indústria, portanto para atender nossa demanda e ainda eventualmente as de fora gerando divisas para o país em vez de subtraí-las com uma política nefasta e lesiva de importar tudo em nome de uma falsa ideia de viabilidade econômica para uma empresa sem pensar no futuro de toda uma indústria nacional. Empresas como a Petrobrás, Estatal como tal deve agir como fomento para o país e não como mais uma espoliadora de nossos recursos e de nossa força de trabalho. Do que adianta uma empresa ser altamente lucrativa para seus patrões e ser repatriadora de divisas e a nós sobrar apenas um salário de miséria, mais com o objetivo de reproduzir uma espécie de servos do capital estrangeiro. Viva a Petrobrás pela sua participação se é que é verdade que ela tem essa capacidade de nos impedir uma maior inflação e uma maior industrialização, pois significa para o país o futuro de uma independência econômica e tecnológica real e factual.

Pedro Jacintho disse...

Este texto publico por mim é uma referencia ao texto de Thais Herédia em Carta Capital e não a este texto do Blog do Saraiva.

Pedro Jacintho disse...

Desculpe mais uma vez não é de Cata Capital, nem poderia ser, não é de seu feitio tal heresia, mas sim da publicação do G1 de Thais Herédia, hoje.

Anônimo disse...

Pedro, obrigado pelo seu excelente comentário e espero que nossos leitores tenham a curiosidade de também ler comentários.
Tenha uma ótima noite.
Bom fim de semana.
Saraiva