sexta-feira, 2 de abril de 2010

A diferença de tratamento aos professores do governo Lula e do ditador Serra

Do Blog Os Amigos do Presidente Lula.

Video de encerranento da Conferência Nacional de Educação, em Brasília.




Enquanto o ditador Serra afasta os professores do Palácio dos Bandeirantes com tiros de borracha, bombas, gas pimenta e cassetetes, o governo Lula chamou professores do Brasil inteiro à Brasília para promover um diálogo, e elaborar uma pauta de reivindicações para a educação.

Foi a CNAE, Conferência Nacional de Educação.

Ao longo do ano passado foram realizadas 1.421 conferências municipais, 470 intermunicipais e 27 estaduais. Participaram dessas conferências o equivalente a 401 mil educadores, que enviaram delegados para a Conferência Nacional de Educação.

No discurso do presidente Lula, na Conferência, ele enalteceu o valor dos professores, e o direito de greve para evitar o sucateamento da educação. Eis os trechos do discurso.:

O nosso querido companheiro educador Paulo Freire, afirmou... O que é que ele afirmou? “A leitura do mundo precede a leitura da palavra”, e que “o ato de ler o mundo implica na relação que nós temos com esse mundo”. Relembro aqui as palavras do grande mestre, ditas há quase 30 anos em um congresso nacional em São Paulo, porque, em primeiro lugar, precisamos ler e entender as transformações ocorridas no Brasil nos últimos anos. Todos vocês têm desempenhado papel fundamental na construção de um país que precisa cada vez mais da Educação para consolidar o extraordinário processo de desenvolvimento por que passa o nosso país.

FUNDEB: governo federal complementa R$ 5 bilhões por ano

... Quero chamar a atenção para dois pontos. Na verdade, para a aprovação de duas emendas constitucionais da maior relevância para a Educação brasileira. Uma delas é a Emenda nº 53 de 2006, que criou o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, o Fundeb. O Fundeb financia todas as etapas da educação básica e, ao mesmo tempo, impõe à União a responsabilidade da complementação naquelas regiões em que o financiamento por aluno é menor que a média nacional. Os recursos da contribuição social e do salário educação, antes destinados apenas ao ensino fundamental, passaram a financiar da creche ao ensino médio do nosso país.

O Fundeb recompôs o conceito de educação básica, superando a fragmentação anterior que limitava ações estruturais articuladas. No ano passado, o Fundeb beneficiou 45 milhões e 300 mil alunos em todo o país, e a complementação por parte do governo federal ultrapassou os R$ 5 bilhões.

Fim da DRU coloca mais R$ 9 bilhões por ano na Educação

...Outra grande conquista constitucional foi a aprovação, no ano passado, da Emenda n° 59. Ela pôs fim à Desvinculação de Receitas da União, a DRU, sobre os recursos federais destinados à Educação. Com o fim da DRU, o Ministério da Educação passará a contar com cerca de R$ 9 bilhões a mais por ano para investir, principalmente no ensino obrigatório.

Valorização do Professor

... Mas é bom lembrar que todas essas ações para a qualificação da educação só crescem e frutificam se houver à frente delas aquele profissional bem preparado, que costuma ser lembrado apenas no dia 15 de outubro. O casamento entre educação de qualidade e valorização do professor tem que ser indissolúvel. O divórcio entre eles resulta no sucateamento das nossas escolas e universidades como, lamentavelmente, cansamos de ver no passado muito recente do nosso país.

"Não me conformo é alguém achar que um piso de R$ 1.020,00 é alto"

... E isso se deve ao mérito e à compreensão deste companheiro [referindo-se ao Ministro Fernando Haddad], da equipe dele – porque um técnico não ganha jogo, é preciso que tenha bons jogadores do seu lado – e da torcida organizada, que são os educadores deste país que vão à luta, que brigam, que exigem, que fazem greve, que negociam, mas que, muitas vezes, não são valorizados. Porque, eu não me conformo é alguém achar que um piso de R$ 1.020,00 é alto para uma professora que toma conta dos nossos filhos dentro da sala de aula.

... Eu acho que nós estamos em um processo de construção de cidadania, porque não é possível a gente depositar a confiança da gente em um professor ou em uma professora para tomar conta dos nossos filhos, sabendo que essa professora, no final do mês, não vai levar para casa sequer o suficiente para cuidar da sua própria família.

... as professoras e os professores, ao longo desses últimos 30 anos, tiveram a profissão judiada, sucateada e, muitas vezes, muitas vezes maltratada. Eu sei disso porque sou Presidente agora, mas participei de muita atividade com os professores neste país afora e eu sei o que é uma professora entrar dentro da sala de aula não apenas preocupada em ensinar, mas preocupada com a comida da criança, preocupada com o piolho da criança, preocupada com tantas outras coisas que a criança tem dentro de casa, e que somente uma professora é capaz de saber conversar com os alunos. Por isso, a remuneração faz parte da qualidade da Educação, não são separadas as duas coisas.

Cobranças, lutas e greves forçaram melhorias para a educação

... É porque a cobrança de vocês, as conferências de vocês, as greves de vocês, as conversas de vocês é que fizeram a gente entender que o governo bom não é aquele governo que governa dissociado do povo. O governo bom é aquele que tem capacidade de colocar em prática, como políticas públicas, aquilo que ele ouve em cada rua, em cada escola, em cada fábrica, em cada banco.

Enviar por e-mail: Por: Zé Augusto - 1 Comentário - Link para esta postagem

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