quarta-feira, 26 de outubro de 2011
A Europa tira o chapéu para o Brasil. E para pedir
O site da BBC publica agora à tarde matéria dizendo que” das opções estudadas nesta quarta-feira pelos governantes da zona do euro para reforçar o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) é criar um mecanismo especial de investimento, em parceria com o FMI, para atrair investidores estrangeiros privados e públicos”.
Tradução: Brasil, China e outras economias emergentes poderiam comprar títulos públicos dos países europeus com problemas, tanto nos mercados primários como secundários, para que os tesouros possam socorrer os bancos quebrados com os mesmos títulos públicos de alguns países europeus. O Fundo “ofereceria garantias contra uma parte das perdas no caso de quebra do país em questão”.
Parte, vejam bem, parte.
A matéria prossegue:
“Um funcionário europeu explicou à BBC Brasil que ao contribuir com o fundo de resgate europeu, o Brasil teria um forte argumento para exigir um papel mais importante para os países emergentes no FMI”.
Tradução: sabem que somos, agora, “gente grande”, mas cobram ajuda financeira para nos reconhecerem como tal.
Negativo: primeiro, queremos o reconhecimento, depois, sim, conversamos sobre ajuda.
O ministro Guido Mantega disse ontem que não entra nessa. Se querem ajuda, que peçam ao FMI e, aí sim, o Brasil pode entrar na caixinha, via FMI. Até porque eles não vão dar calote em si mesmos. Em nós, bem… Já nos deram um na Segunda Guerra Mundial, quando nos deviam os tubos e nos pagaram em ioiôs, matéria plástica e com o porta-aviões Minas Gerais, negociação que a modinha do Juca Chaves tornou famosa.
E que Fernando Henrique repetiu com o Foch, o porta-aviões que virou o “São Paulo”, numa transação que a especialista em assuntos aeronáuticos Eliane Cantanhêde certamente, pela ausência de críticas, deve ter aprovado.
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