O
amigo “007BONDeblog” certa vez me falou de seu espanto ao ver que após
publicar uma matéria contendo críticas ao então embaixador dos Estados
Unidos no Brasil, recebeu em seu blog a “visita” do Departamento de
Estado Americano. Através daquele mecanismo de controle de acesso e
estatística do “sitemeter”, anotou que foram feitas algumas visitas para
a leitura da matéria.
Não é de
espantar, pois, os Estados Unidos (e diversos países) monitoram tudo o
que é publicado sobre eles, como forma de adotar políticas de
“comunicação” para reforçar as posições favoráveis e evidentemente
neutralizar as opiniões contrárias e que possam de alguma forma criar
uma imagem desfavorável às suas pretensões.
Nenhum país
no mundo, porém, possui tanta preocupação e nem precisa garantir que
sua imagem de “líder” continue intacta como os Estados Unidos. É preciso
que a poderosa máquina de informar e noticiar tenha sempre um viés de
criar uma opinião pública mundial favorável aos interesses americanos.
Convenhamos que, isso não é fácil, pois os Estados Unidos praticam uma
política baseada na força das armas, na invasão de territórios, guerra
preventiva, ingerência e completo desrespeito pelos Direitos
Internacional e Humanos.
Nem todo o
aparato tecnológico e os melhores cérebros do mercado de “propaganda e
comunicação” conseguiriam isso, apenas atuando dentro do solo americano,
daí que a invasão se dá também no campo da “informação” através da
utilização de estruturas avançadas situadas em diversos pontos do mundo e
onde “profissionais” da área de comunicação, conhecedores das
particularidades e costumes de cada país ou região, são cooptados para
servir de reprodutor/alimentador de matérias favoráveis.
Um exemplo
bem característico disso é o combate sistemático que grande parte da
imprensa brasileira faz a nossa política externa, que desde 2003, com a
posse do então presidente Lula, passou a adotar uma postura de
“descolamento” dos Estados Unidos, e a procurar fortalecer sua parceria
com os vizinhos da América do Sul, África e Ásia, incluindo países com
os quais os Estados Unidos possuem sérias divergências.
Apesar do
sucesso que essa política logrou alcançar no campo comercial e de o
tempo ter mostrado que o Brasil estava certo na posição de se colocar
contrário a invasão do Iraque e do isolamento do Irã, para ficar apenas
em dois exemplos, ainda assim, essa parte da imprensa brasileira que
serve aos chamados “interesses inconfessáveis” insiste em defender e
sustentar a postura dos americanos e seus aliados.
A revelação
de que um jornalista brasileiro, (Willian Waach) que integra o “time”
das organizações globo é na verdade um informante americano, e que atua
defendendo através de suas opiniões, os interesses de “TIO SAM”, não
causa, portanto, qualquer surpresa, embora ainda careça de comprovação
aquilo que o site de Julian Assange revela e que o Portal R7 reproduz.
Enquanto a
imprensa internacional reconhece os avanços do Brasil e dá destaque a
eles, a devida correspondência aqui dentro do nosso país não acontece, e
as posições assumidas na defesa de temas de interesse dos americanos e
do capital especulativo internacional, que eles chamam de “mercados”
mostram bem, a forma e o campo em que atua grande parcela dos veículos
de comunicação no Brasil.
Os agentes
agora já não tão secretos, que municiam e dão voz a CIA e a CGJ (Central
Global de Boatos), estão na sua tela diariamente, fazendo o jogo sujo
da divulgação de informação manipulada e distorcida, e tenha a certeza,
isso não é de graça.
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