Não há juridiquês Supremo que transforme prova “tênue” em “espessa” para condenar Dirceu.
Saiu na Folha (*):
“Para Procurador, STF está a caminho de punir Dirceu”
(…)
Gurgel também afirmou que as decisões tomadas até agora representam uma “guinada”, pois possibilitam a aceitação de “provas mais tênues” para condenar pessoas acusadas por crimes como corrupção e peculato.
“Independentemente do resultado, a decisão parcial é muito importante para toda a Justiça Penal, pois reconhece que não podemos buscar o mesmo tipo de provas obtidas em crimes comuns, como roubo, assassinato”, disse, após a posse do novo presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Felix Fischer.
O procurador foi questionado se as provas contra Dirceu não seriam mais tênues do que as que levaram à punição de João Paulo Cunha.
“Isso também está sendo discutido. Na medida em que sobe a hierarquia na organização criminosa, as provas vão ficando mais e mais tênues. O mandante não aparece. Não quero ficar fazendo previsões, mas acho que estamos num bom caminho.”
Questionado se ele se referia ao caminho para a condenação de José Dirceu, Gurgel respondeu: “Exatamente”.
“Tênue” vem do latim “tenuis, -e” – adjetivo.
Sentido próprio: 1) tênue, fino, delgado; 2) Sutil, delicado; 3)
Pequeno, sem importância, fraco, de condição humilde; 4) Pequeno,
estreito, pouco elevado, pouco profundo; 5) Pouco numeroso, pouco
abundante, frugal;Sentido figurado: Fino, sutil, engenhoso; claro; límpido; simples (tratando-se de estilo); precário.
(Dicionário Escolar Latino-Português”, do professor Ernesto Faria, que iluminou o Curso Clássico do ansioso blogueiro no Colégio de Aplicação da UFRJ.)
“Engenhoso”, “precário”.
“Tênue” é de “pouco valor”, “sem importância” ao se tratar de “argumento” – registra também o Houaiss.
É assim que o brindeiro Gurgel quer condenar o Dirceu – e, portanto, o Lula e a Dilma.
Não há juridiquês Supremo que transforme prova “tênue” em “espessa”.
(Será que os membros da Corregedoria analisarão as acusações que o Senador Collor faz contra Gurgel com a mesma “sutileza”?)
Viva o Brasil !
Paulo Henrique Amorim
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
Do Blog CONVERSA AFIADA.
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